Profissional com formação técnica ajuda a entrar no mercado de trabalho. Foto: Espaço Escolar |
De todos os alunos que escolhem um curso técnico, 72% se
formam com emprego garantido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostrou que
para cada ano de estudo o salário de um técnico aumenta 14%.
Um curso técnico dura de um a dois anos, bem menos que uma
universidade. De acordo com quem trabalha na área, é fácil arrumar um emprego e
fácil ser promovido. O sucesso depende do profissional, pois vaga tem de sobra.
No Brasil, são mais de 160 opções de cursos em todas as áreas.
O técnico em soldas Vinícius Ferreira da Cruz conseguiu
emprego em uma multinacional seis meses depois de se formar no curso técnico.
“Eu trabalhava como encanador. Aqui como caldeireiro eu tive a oportunidade de
ser promovido”. Junto com as promoções, vem o aumento de salário. Um técnico
iniciante começa com pouco mais de R$ 2 mil. Em um cargo de especialista, a
remuneração fica perto de R$ 10 mil.
Segundo uma pesquisa do Senai, na indústria os técnicos
ganham em média 24% a mais do que em outras áreas. “A indústria procura
reconhecer e valorizar muito esses profissionais porque são profissionais
difíceis. Então, eles têm um salário diferenciado no mercado. As empresas se
protegem muito para manter os seus técnicos”, relata o gerente geral Giovanni
Campos.
Cursos técnicos no
mundo
No Brasil, apenas 9% dos alunos estão matriculados em
escolas técnicas. Uma realidade bem diferente de vários países da Europa, por
exemplo. Lá, cada vez mais governos e empresas investem no ensino e na formação
de técnicos.
A Alemanha é referência. Lá, a educação profissionalizante é
conhecida como sistema dual de ensino, que combina o treinamento prático nas
empresas com aulas teóricas na escola. Os cursos duram de dois a três anos e
meio e formam trabalhadores em 350 ocupações ligadas ao comércio, indústria,
prestação de serviço e serviço público – 53% dos alunos fazem essa escolha.
Eles ficam de um ou dois dias na escola e os outros nas
oficinas. É uma rotina dura, mas que compensa porque a maioria sai com emprego
garantido.
Maior procura pelo
ensino técnico
Santa Catarina é o estado onde mais cresce a procura. A
média de pessoas cresceu 13% segundo o MEC. No restante do país, o aumento foi
de 6%. Os homens com idades entre 35 e 39 anos são maioria. Eles representam
59% dos matriculados.
O curso técnico mais procurado no estado é o de
administração. Depois de formado, o salário de um profissional pode passar de
R$ 3 mil. Só este ano, o Senac de Santa Catarina deve colocar no mercado 13 mil
novos técnicos.
Fonte: Jornal Hoje
Fonte: Jornal Hoje