Modalidade é mais conveniente mas exige disciplina
Sites vendem pacotes que se adaptam à rotina do estudanteJC Imagem |
Possível graças ao avanço da tecnologia, a educação a distância (EAD) tem sido um modelo de preparação bastante frequente para muitos concurseiros. Ao menos é o que revela uma pesquisa do Aprova Concursos, empresa que oferece cursos online para seleções públicas. A pesquisa constatou que 42% de 6 mil entrevistados em todo o País utilizam a videoaula como principal método de estudo. Apesar de o modelo oferecer vantagens como comodidade e flexibilização de horário, estudar em casa requer do candidato atenção e disciplina redobradas.
O fator tempo é um dos aspectos que indicam essa escolha. Para o diretor executivo do Centro de Ensino Renato Saraiva (CERS), instituição especializada em aulas via internet, Francisco Salles, as pessoas estão com uma vida muito corrida e estudar em casa é sinônimo de otimização de tempo. “Muita gente que estuda para concurso também trabalha. E é muito difícil se deslocar para ir ao curso por causa do trânsito. Então, ter acesso ao conteúdo da prova sem precisar sair de casa é mais cômodo e produtivo”, avalia.
Mas o diretor alerta: estudar em casa exige maturidade. Ele fala que um dos riscos mais comuns é a distração. “Tem o telefone, o celular, a internet, o filho. O segredo é não se distrair, é importante se isolar nesse momento de preparação e ter consciência de que há um objetivo”, alerta, acrescentando que, mesmo em casa, é necessário determinar horários. “Fazer uma divisão, tais disciplinas em determinados dias por determinado tempo”, diz. Ele lembram ainda que é fundamental dispor de material complementar e estudar com os melhores livros dos melhores autores.
Feito isso, Salles dá dicas que se estendem para qualquer concurseiro, começando pelo foco, que deve ser estabelecido o quanto antes. “Qual é o tipo de concurso e a carreira? É isso que ele deve compreender inicialmente, porque a preparação para o cargo de analista do trabalho é diferente da de promotor de Justiça ou de juiz, por exemplo. Os assuntos e disciplinas devem ser estudados de formas diferentes.”
Fonte: JC Online