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terça-feira, 6 de maio de 2014

Supermercados vão vender consórcios de veículos, de acordo com o Presidente da Abras

Foto ilustrativa Supermercado. Foto: Procon PR

Junto com a feira de alimentos do lar, um consórcio para carro. A venda do produto financeiro dentro das lojas de supermercado é uma novidade que poderá ser vista a partir deste ano pelos consumidores.

Fernando Yamada diz que o setor
 foi procurado
pelas companhias
do sistema financeiro.
Foto: Mirella Falcão/DP/D.A Press
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, o setor foi procurado pelas companhias do sistema financeiro devido ao grande fluxo de consumidores dentro dos supermercados. 

"Os produtos bancários são hoje produto de prateleiras, como consórcios, seguros e até venda de passagens. Está sendo boa opção pros clientes", comenta Fernando Yamada. Conforme antecipa o executivo da Abras, seriam instalados nos supermercados quiosques para a venda dos consórcios. "Principalmente de motos. Outro foco são os carros populares", detalha Yamada. 

Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi, novos sonhos de consumo passaram a concorrer no bolso do brasileiro, como smartphones, a casa própria e os automóveis. "A iniciativa é uma maneira de reagir a esse cenário."

Pessimismo

O pessimismo atingiu 50% dos supermercadistas em março deste ano, de acordo com um estudo realizado pela Abras. Segundo João Galassi, os fundamentos que sustentavam o consumo já dão sinais de fraqueza. "O bolsa família atingiu estabilidade no número de beneficiários. A renda e o desemprego começam a desacelerar. E ainda observamos o crescimento da inflação, elevando o peso do abastecimento no orçamento", comenta o presidente da Apas. 

A expectativa do setor é que o governo aumente os investimentos em infraestrutura. "Assim a gente iria depender menos do consumo das famílias, beneficiando-se da geração de renda", comenta Galassi.


Fernando Yamada também reclama da estabilização do crédito ao consumidor. "Houve um aumento do endividamento, que inclusive afetou o consumo das famílias. Mas acredito que já se estabilizou. Esperamos que o mercado volte a ampliar a oferta de crédito ao consumo, que ainda é muito pequena no Brasil se comparada a outros países", defende o presidente da Abras. 

O setor apresentou o resultados do ano passado. Em 2013, os supermercados registraram faturamento de R$ 272,2 bilhões, crescimento real de 6,1% frente aos R$ 242,9 bilhões em 2012. O crescimento de lojas foi de apenas 0,4%, passando de 83,5 para 83,9 mil pontos de venda no país. O nível de emprego no setor também aumentou de 1.724.062 para 1.782.423. 

Fonte: Diário de Pernambuco

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