segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Educação empreendedora com Vitor Hugo Gonçalves

Vitor Hugo Gonçalves. Foto: Mercado Aberto
O Brasil, e principalmente o Nordeste, vive um momento de oportunidades sem igual para quem estiver preparado para assumir desafios. Cerca de 60% da população brasileira pensa em ter um negócio próprio, e só perdemos para a Tailândia em vontade de empreender. O crescimento do empreendedorismo é, portanto, um fenômeno global e se fortalece, cada vez mais, como resultado de crises econômicas, mudanças nas relações de trabalho e a chegada das novas gerações ao mercado.
Neste cenário, muitas pessoas buscam o caminho da realização profissional através da materialização de suas idéias. Abrir um pequeno negócio hoje não é mais uma alternativa por falta de melhor opção. Ao desenvolver um comportamento empreendedor, elas ampliam as possibilidades de escolha e desenvolvem o crescimento profissional.
No que diz respeito aos jovens, muitos ainda têm dúvidas em relação a que carreira seguir e acabam descobrindo no empreendedorismo um caminho para sua verdadeira vocação. Porém, parece que nosso sistema de educação formal ainda não está preparado para esta nova realidade.
Educação empreendedora com Vitor Hugo Gonçalves. Foto: Mercado Aberto
A grande maioria das escolas, seja no sistema de ensino público ou privado, insiste em fórmulas antigas e desgastadas que privilegiam o repasse de conhecimento, como se não houvesse outras fontes disponíveis, geralmente mais completas e mais atuais. O convívio empreendedores, jovens ou não, tem mostrado que o processo de aprendizagem é bastante diferente do modelo tradicional das escolas. O conhecimento adquirido não é apenas acumulado, mas rapidamente convertido em ações. São elas que fazem a diferença e geram resultados para o desenvolvimento de um negócio, de uma comunidade ou de uma nação.
É verdade que muito já se tem feito para aliar a teoria à prática nas escolas e universidades, e acredito que o Brasil esteja caminhando para o fortalecimento da comunidade empreendedora. Mesmo assim, ao apresentar um projeto de empreendedorismo às escolas, ainda é comum ouvir comentários como: “Nosso foco aqui é a preparação para ingressar na universidade!”, ou ainda “Precisamos trabalhar a educação básica dos jovens, e não há tempo para tratar desse assunto”.
É difícil imaginar como nossos jovens irão se relacionar com o mundo dos negócios no futuro próximo. Certamente serão necessárias habilidades diferentes daquelas adquiridas por seus pais, que foram preparados para longas carreiras em empresas sólidas e estáveis. Este cenário praticamente não existe mais e lidar com as incertezas do futuro deverá fazer parte do projeto de vida de todos os jovens. Empreender em um mundo que vive em constante mudança exige preparo e dedicação.
Fonte: Mercado Aberto / Vitor Hugo Gonçalves é Diretor Executivo da VH Consultores e Diretor da Abble Tecnologia e Desenvolvimento - vitor@vhconsultores.com.br