Ex-empacotador da Pernambucanas, Marcio Fernandes é filho de uma cabeleireira e de um metalúrgico. Em 2011, chegou à presidência da Elektro e se tornou o executivo mais bem avaliado do país pelos funcionários
Marcio Fernandes, presidente da distribuidora de energia Elektro: “Deixei meu ego de lado e abracei as pessoas. Quando há confiança, o funcionário veste a camisa”. Foto: voces/a |
São Paulo - O administrador de empresas Marcio Henrique Fernandes tinha 36 anos quando foi nomeado presidente da Elektro, distribuidora de energia que atende 228 cidades em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Ao assumir o cargo, em meados de 2011, ouviu de sua mãe, a cabeleireira Alice Cavalli Fernandes: “Filho, não se esqueça das pessoas que ainda são como você já foi”.
Nestes três anos à frente da Elektro, Marcio não só não se esqueceu do conselho da mãe como fez das pessoas sua principal bandeira. Num mundo onde a maioria dos líderes e chefes de equipe quebra a cabeça para engajar seus funcionários e 87% das pessoas se dizem desgostosas com a empresa em que trabalham, segundo o instituto americano de pesquisa Gallup, pode-se dizer que Márcio atingiu o nirvana.
Em uma escala de zero a 100, onde o maior número corresponde à plena satisfação dos funcionários, a gestão de Marcio teve avaliação 98,3 pelos empregados da Elektro. Esse resultado é fruto da pesquisa VOCÊ S/A – As Melhores Empresas para Você Trabalhar, que em 2014 colheu a opinião de 117 759 funcionários de 348 empresas no Brasil.
Neste ano, a Elektro se consagrou a campeã entre as empresas que são referência em gestão de pessoas. A liderança de Marcio teve a maior nota na história de 18 anos do guia. Como base de comparação, o índice médio de satisfação das 150 melhores em 2014 é de 78,79. Não é só na satisfação dos trabalhadores que os resultados são positivos.
Entre 2011 e 2013, a companhia, com sede em Campinas, economizou 93 milhões de reais. Para o negócio da Elektro, esse montante equivale a uma redução de custos de 22%. No mesmo período, a qualidade do serviço aumentou 8% e a rede de cobertura da Elektro cresceu 10%. Até chegar ao modelo de gestão atual, a empresa passou por diversas fases.
Criada em 1998, durante o processo de privatização das concessionárias estatais de energia, a Elektro incorporou a operação de distribuição da antiga Companhia Energética de São Paulo. De origem privada e alma de estatal, a empresa teve ainda como acionista o grupo americano Enron, protagonista de uma das maiores fraudes financeiras da história, até virar propriedade do grupo espanhol Iberdrola, em 2011.
A partir de então, a Elektro se tornou a queridinha dos clientes — tanto dos internos quanto dos externos. Em alguns municípios, como Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, a satisfação dos usuários em relação ao serviço prestado chega a 99%.
Fonte: voces/a