segunda-feira, 6 de abril de 2015

Vendas na Páscoa caem 4,93% e atingem o pior resultado dos últimos seis anos, de acordo com o SPC Brasil e CNDL

O volume de vendas a prazo na semana da Páscoa (entre 29 de março e 4 de abril) caiu 4,93% em relação ao mesmo período do ano passado (entre 13 e 19 de abril). Os dados são do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Este é o pior resultado já registrado pela série histórica das entidades, contabilizada desde 2010.
Vendas na Páscoa caem 4,93% e atingem o pior resultado dos últimos seis anos, de acordo com o SPC Brasil e CNDL.
Foto: Ilustrativa - Cacau Show Surubim
Para os dirigentes da CNDL, o desempenho confirmou o que o comércio já esperava, devido ao baixo crescimento da atividade econômica brasileira. “O resultado nunca foi tão baixo. Já projetávamos o pior crescimento dos últimos anos por conta da forte piora nos indicadores econômicos”, disse o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Para o líder do movimento varejista, a páscoa representa a primeira grande festa do ano para o comércio e pode funcionar como uma prévia não só para o Dia das Mães, como para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2015. “Este resultado espelha os indicadores de confiança do consumidor refletido das notícias negativas da atualidade, como as que retratam as incertezas políticas e denúncias de corrupção. Isso refreia o consumo, abala a demanda do comércio e mostra que 2015 será um ano de desafios para o varejo”, avalia Pinheiro.

Os economistas do SPC Brasil atribuem o resultado ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros e, principalmente, à inflação elevada. “A elevação recente da inflação corrói o poder de compra do consumidor. Hoje o brasileiro não consegue comprar as mesmas coisas, com o valor gasto no mês passado, por exemplo. Isso impacta nas vendas. Como reflexo, vimos este ano um movimento atípico do varejo: antecipar as promoções pós Páscoa para os dias que antecederam a data. Isso mostra que a demanda não correspondeu à expectativa”, explica a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Ponce Kawauti.

Com informações da Assessoria de Imprensa