sábado, 22 de agosto de 2015

Juro permanecerá alto, de acordo com o Banco Central

Imagem: Estudo Prático
Ninguém espere para logo o alívio nas taxas de juros. Em meio às incertezas no cenário internacional e à inflação ainda elevada no Brasil, a política monetária manterá o atual “viés conservador por tempo prolongado”, afirmou ontem o diretor de Política Econômica e Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira da Silva. Ele apresentou o boletim regional do BC em Belo Horizonte

Nesse quadro, a taxa básica de juros (Selic) deverá ficar no patamar de 14,25% por período “suficientemente prolongado”, segundo o diretor do BC. A ideia da Autoridade Monetarária é concentrar os esforços para conseguir convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% no fim de 2016. Até que as medidas apresentem resultados, é preciso que as pessoas tenham “muita calma e sangue frio”, nas palavras de Awazu.

O entendimento do BC é que o processo de ajuste macroeconômico entrou em uma nova fase. “Estamos no meio, no vale, do ajuste”, afirmou o diretor. Segundo o boletim regional, a soma das medidas contracionistas do ajuste com fatores adicionais, uma alusão à Operação Lava-Jato e a crise política, potencializaram os efeitos da crise. “O peso desses eventos não econômicos é significativo”, diz o texto.

A prévia do Índice de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15) acumula em 12 meses 9,57%. De acordo com o BC, os resultados de agosto e setembro favorecem desaceleração dos preços. Mas redução mais perceptível é esperada somente para o primeiro semestre do ano que vem. Os analistas do banco vislumbram um alívio na inflação com o menor peso dos custos dos preços administrados (água, energia elétrica, combustíveis etc). No acumulado de 12 meses encerrados em julho, a inflação do grupo tem variação de 15,97%. No mesmo mês do ano passado, o índice somava 4,63% em 12 meses.

Com informações do Correio Braziliense