Descubra o que pode fazer para superar os obstáculos e se dar bem. Criatividade e foco estão entre as principais sacadas
Empreender em tempos de crise prolongada e sem data para terminar tem sido um desafio árduo, que exige dos empreendedores muito preparo, criatividade e jogo de cintura para manter o negócio saudável.
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Imagem: Divulgação/Reprodução |
Com alguns cuidados e mudanças de estratégia, porém, é possível superar as dificuldades e atravessar este momento sem grandes percalços. “É nestas ocasiões que os bons empresários realmente se destacam no mercado, por saber planejar o seu negócio e ter uma gestão que será fundamental para auxiliá-los a tomar decisões importantes, que podem definir o rumo da empresa”, aponta Marcela Ponce Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Capriche no planejamento
Seja para abrir o seu negócio ou reorganizar as suas estratégias de atuação, fazer um planejamento detalhado – e com os pés no chão – poderá ser o diferencial entre se dar bem no mercado ou assistir de camarote à derrocada da sua empresa. “Estamos vivendo um momento de bastante austeridade e, por isso, é necessário mais do que nunca caprichar nos na gestão financeira, cortar gastos e, ao mesmo tempo, tentar analisar como colocar o dinheiro para circular na empresa, pois só assim ela conseguirá se manter de pé e ir se fortalecendo”, afirma Paulo Marcelo, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Reorganize o seu portfólio de produtos e serviços
“O empresário deve ter em mente que as pessoas continuarão comprando durante a crise, mas em volume e valores menores. É preciso compreender o novo perfil deste consumidor e fazer mudanças nos tipos de produtos e serviços, de forma que realmente sejam capazes de sanar as suas necessidades. Uma lanchonete que crie opções de lanches mais simples e baratos, por exemplo, ampliará consideravelmente as suas possibilidades de vendas”, argumenta Marcela Ponce Kawauti.
Diversifique
Diversificar o portfólio de produtos e serviços é outra estratégia fundamental para dar mais fôlego ao empreendimento e se proteger das variações do mercado. Foi o que fez o florista Roberto Rabello, ao ver diminuir significativamente as suas vendas para floriculturas e decoração de festas. “Além de flores, passei a vender pimentas e, em apenas três meses de negócio, este novo nicho já representa 30 por cento do meu faturamento total”, relata ele, que usa uma fanpage no Facebook para divulgar o seu trabalho e, assim, atrair mais clientes.
Saiba usar a criatividade
Usar a criatividade também é essencial para se diferenciar dos concorrentes sem precisar de vultosos investimentos. “Você pode agregar serviços aos produtos, como a ótica que permite experimentar os óculos pela internet, a partir da foto do seu rosto e dos modelos disponíveis na loja. Ela ainda envia os óculos escolhidos para o cliente, que tem a opção de comprá-los ou devolvê-los, sem ônus adicional”, comenta Paulo Marcelo.
“Já existem também os restaurantes que dão descontos especiais para as famílias que deixam os celulares guardados na recepção. Assim, elas são incentivadas a apreciar a comida e consumir mais, além de promover o estabelecimento de uma maneira diferente”, complementa.
Não deixe de investir em comunicação
Uma das providências mais comuns quando a situação financeira aperta é eliminar os gastos com marketing e comunicação, ou seja, param de pensar em qualquer tipo de ação para atrair seu público-alvo. O mais correto a se fazer, porém, é analisar a fundo os resultados obtidos e traçar novas estratégias que se adaptem à realidade do mercado e às condições financeiras da empresa, em vez de simplesmente passar a ignorar esta área. “Se, por exemplo, no Natal você gastava bastante para divulgar a loja, agora terá de ser mais seletivo quanto a propaganda prioritária. Mas, de qualquer forma, precisa atrair a atenção deste consumidor para a sua loja, porque ele também estará mais seletivo”, explica Marcela.
É O MOMENTO DE ABRIR MEU PRÓPRIO NEGÓCIO?
A enxurrada de demissões provocada pela crise tem obrigado muitos dos recém-demitidos a buscar no empreendedorismo uma solução rápida para recuperar a saúde financeira e, se possível, manter intacto o seu nível econômico-social. Mas o que fazer para este cenário de recessão econômica não engolir as pretensões desses empreendedores em potencial?
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