Laís (de óculos) e Andreza tiraram a nota mais alta da redação: 1.000 pontos. Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem |
As pernambucanas Andreza Cavalcanti, 17 anos, e Laís Vasconcelos, 20, estão entre o seleto grupo de 104 estudantes do País com nota mil na redação (a mais alta da avaliação) no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Concluinte da Escola de Referência em Ensino Médio Trajano de Mendonça, em Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife, Andreza vai tentar direito no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Laís desistiu do curso de design na UFPE, onde cursou três semestres, para concorrer à vaga em medicina.
Segundo o Ministério da Educação, no ano anterior, em 2014, houve 250 estudantes com a nota máxima. Houve queda drástica também no número de redações com nota zero. Foram 53.032 em 2015. Na edição anterior 529.374 textos zeraram a prova.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o motivo da diminuição foi uma mudança na metodologia no cálculo desse dado. Em 2014 estão inclusas as redações de pessoas que não foram ao segundo dia do exame. Ano passado foram computadas apenas as notas de quem escreveu ao menos uma linha na folha de redação. Ficam de fora da conta quem se ausentou do segundo dia de prova ou deixou a folha completamente em branco.
“Não acreditei quando vi minha nota. Minha família toda vibrou. Meus pais se sacrificaram muito por causa de mim. A sensação é de dever cumprido. Mas falta a aprovação no Sisu”, diz Andreza. Ontem, no primeiro dia do sistema, ela ficou com média 781 para direito na UFPE. “Estou confiante”, afirma a jovem, que na redação do SSA da UPE também se destacou com nota 9,5.
Laís também espera conseguir vaga em medicina na UFPE. Ontem estava com média 7,9. Na segunda opção, o mesmo curso na UPE, ficou com 8.15. “Foi uma surpresa tirar nota mil. Acho que a confiança que eu tinha em relação ao tema fez com que o texto fluísse”, comentou a vestibulanda. As duas foram alunas da professora de redação Tereza Albuquerque.
Do Blog do Fera (JC Online)