Único setor que não saiu prejudicado foi o de farmácias, com crescimento de 5,2%. Imagem: Divulgação/Internet |
Apesar de ensaiar uma recuperação, o comércio varejista pernambucano continua desenhando uma linha negativa em seus resultados de 2016. Segundo os dados de março da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, o percentual foi de -0,9% para o Estado, menor do que o de fevereiro (-2,3%) e que de março de 2015 (-2,7%), mas ainda insuficiente para compensar as perdas acumuladas.
A principal queda veio do segmento de móveis e eletrodomésticos (-25,1%) e a compensação ficou por conta dos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, único que teve desempenho positivo (5,2%).
Em todo o País, as vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito. Esse tipo de cenário leva o consumidor a dar prioridade a produtos básico em detrimento de supérfluos e itens mais caros.
Mas Pernambuco tem um agravante, como explica o economista do Instituto Fecomércio, Rafael Ramos. “Uma das principais questões que afetam o Estado é a grande desmobilização de mão de obra industrial, impactando assim a massa salarial local, além de retirar a confiança das famílias”, esclareceu, em nota à imprensa. Rafael acrescenta que isso se reflete especialmente nos os segmentos mais afetados “estão ligados ao crédito e à confiança”, como é o caso de móveis e eletrodomésticos.
Os danos da crise ficam mais evidentes quando se observam os comportamentos ao longo do ano. Em 12 meses, o comércio varejista pernambucano acumula recuo de 10%, enquanto no País esse percentual é -5,8%.
Em relação aos artigos farmacêuticos, Rafael pontua que “as farmácias comercializam produtos essenciais como os remédios e adotam uma estratégia de vender uma variedade grande de produtos”.
Do JC Online