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“Uma opinião positiva de um consumidor (em relação a um produto ou serviço) pode alcançar mais cinco pessoas. Uma negativa, por outro lado, tem potência para impactar até dez clientes e, a partir de cada um deles, outros cinco.” A declaração de Philip Kotler, consultor digital e professor da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, é um retrato fiel de como se comporta grande parte das relações de consumo e fidelização de marca entre empresas e clientes na atualidade.
Mais do que nunca, a internet tem sido responsável por fornecer para as pessoas parâmetros sobre os valores de uma companhia, permitindo, inclusive, interações profundas com o consumidor, o que não acontece nas mídias tradicionais, como a televisão.
No Brasil, com o crescimento da crise econômica e o comprador mais criterioso na hora de investir seu suado dinheiro, investir em marketing digital tem se tornado cada vez mais necessário e aponta para a revalorização de um profissional da área, o analista de marketing digital, que realiza planejamentos de comunicação e produz conteúdo principalmente para redes como Facebook, Twitter, Instagram, Whatsapp, entre outros.
“Foi uma carreira que viveu um boom no início de 2010, por causa da expansão das redes sociais, e acabou perdendo importância, porque era algo muito novo, e ninguém entendia bem como funcionava”, revela o gestor de Marketing e Comunicação e administrador do portal Planeta Y, Marcus Aquenatom.
Ainda de acordo com ele, a onda de bonança vivida pelo mercado brasileiro anteriormente à crise fez com que as empresas dispensassem profissionais da área em seus quadros, já que era mais fácil vender produtos e serviços. “Agora, na crise econômica, o trabalho do marketing se torna ainda mais necessário.
Hoje, as pessoas, principalmente as mais jovens, que estão passando por sua primeira crise econômica, dão mais importância para opiniões das outras pessoas, antes de optar por um serviço ou produto. Olham mídias sociais para ver o que os outros estão falando e os depoimentos a respeito da experiência de relacionamento com aquela marca”, opina Aquenatom. O consultor também acredita que a maioria dos consumidores toma a decisão final de adquirir ou não um produto na internet.
Quem aproveitou o reaquecimento da profissão para se qualificar foi a jornalista Amanda Souza, 23. “Tenho notado o aumento da demanda nas empresas e o surgimento de novas vagas na área de analista de marketing digitais. Estou abrindo minha própria agência para atuar na área, porque acredito que é uma ótima oportunidade”, comenta. O endereço da empresa é o www.agenciadigitalrecife.com.br.
Sobre a remuneração dos profissionais, a Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi) lança a cada dois anos uma pesquisa salarial em todas as regiões do Brasil. No Nordeste, a média é a partir de R$ 1.638 para um analista júnior, e pode chegar a quase R$ 10 mil quando se trata de um diretor de mídia.
Do JC Online