Foto: Pedro Silva / A Voz da Vitória |
O Ministério dos Transportes terá os estudos técnicos para viabilizar a concessão para a BR-232 e da BR-101 com o Arco Metropolitano. Mais de 20 empresas se mostraram interessadas em assumir a gestão de construir ou recuperar as estradas, mas precisam apresentar a forma contábil de tirar do papel. Segundo o ministério, os estudos propostos vão balizar o conceito da concessão e têm custo 100% pago pela empresa interessada, exceto a que mais se aproximar do projeto final. Neste caso, haverá ressarcimento.
Ainda não há prazo de duração da cessão das estradas para a iniciativa privada, mas estima-se pelo menos 20 anos, com consequente cobrança de pedágio. Para se ter ideia, são mais de 500 quilômetros de estrada, sendo o Arco o traçado mais esperado do total, principalmente por ter sido a contrapartida logística do estado para que a Fiat Chrysler implantasse o projeto bilionário da montadora Jeep na Mata Norte.
As empresas selecionadas receberam autorização para iniciar os estudos e tinham seis meses para entregar, na primeira autorização, ainda em 2015. O último prazo encerrou em junho, quando houve um novo adiamento, desta vez de 60 dias. O edital ainda não tem data para publicação, porque os levantamentos do setor privado precisam ser submetidos à avaliação com possível solicitação de ajuste do Tribunal de Contas da União e de audiências públicas. O edital para o leilão vem em seguida.
Os trechos do estudo são da BR-101 entre a divisa Paraíba e Pernambuco e a divisa de Pernambuco com Alagoas, incluindo o novo Arco Metropolitano do Recife (de Cabo de Santo Agostinho a Igarassu). Isso fará, por exemplo, a viagem de Maceió ao Recife passar por pelo menos um ponto de pedágio. O arco vem sendo discutida desde 2008. Esperava-se que a obra tivesse início neste ano, mas o governo federal decidiu incluir o traçado no plano de concessões. O projeto mais recente previa 77 quilômetros de rodovia expressa de 20 anos de vida útil. O orçamento para a concorrência é de R$ 1 bilhão (estimativa). A rota é uma alternativa à BR-101 Norte, única solução viária para escoamento de produção de mais de dez indústrias. Já a BR-232 será concedida do entroncamento com a BR-101 ao Cruzeiro do Nordeste.
Do Diario de PE