sábado, 29 de outubro de 2016

13° salário deve injetar quase R$ 200 bilhões na economia brasileira

Foto: EBC
O pagamento do 13º salário deve injetar R$ 197 bilhões na economia, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Cerca de 84 milhões de brasileiros receberão um rendimento adicional, em média, de R$ 2.192, incluindo trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União.

O total a ser pago é R$ 15 bilhões maior (ou 8,2%) do que o desembolsado em 2015. Apesar da diferença, o impacto na atividade econômica não deve ser relevante. "O valor nominal significa uma estabilidade, porque você desconta a inflação e gera um aumento real de apenas 0,6%", afirma o analista econômico Everton Carneiro, da RC Consultores.

O economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, lembra que boa parcela dos 84 milhões que receberão o benefício são aposentados, e que estes receberam aumento no salário mínimo, o que ajudou a elevar o dinheiro inserido na economia.

Do total de beneficiários, pelo menos 33,6 milhões (ou 39,9%) são aposentados ou pensionistas do INSS. Os funcionários formais correspondem a 49,5 milhões de pessoas, ou 58,9% do total. Os empregados domésticos com carteira assinada somam 2 milhões, equivalente a 2,5% do total. O restante, cerca de 982 mil pessoas, referem-se aos aposentados e beneficiários da pensão da União.

A parcela mais expressiva do 13º salário fica nos Estados do Sudeste, 50,9% - região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Outros 16,1% do montante a ser pago ficam na região Sul, igual fatia que será destinada ao Nordeste 16,1%. Para o Centro-Oeste e Norte, irão, 8,9% e 4,8% do total, respectivamente. 

O número de pessoas que receberão o 13° salário em 2016 é cerca de 0,2% superior ao calculado para 2015. 

A maior parcela do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão empregados no setor de serviços, que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 18,1%; os comerciários terão 13,1%; os que trabalham na construção civil terão 4,8% do total; e aos trabalhadores da agropecuária, 3,3%.

Do Agência Estado