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A CNDL, através da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), entrou na semana passada com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra práticas anticompetitivas do setor de cartões de pagamentos eletrônicos, pedindo a abertura de mercado.
O cartão de crédito é uma das principais modalidades de pagamento usadas pelos consumidores em todo o mundo e, no Brasil, já são quase 52 milhões de usuários, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) no ano passado.
Entre os argumentos apresentados na ação, estão o prejuízo provocado pela verticalização das formas de pagamento e acesso ao crédito pelos consumidores. “Hoje o comércio é refém do sistema vigente, mantido por um duopólio, com taxas abusivas e que impede a competitividade”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Outro ponto da representação é a coleta de informações por parte das empresas de pagamento que, atualmente, prejudica a concorrência na medida em que os bancos passam a utilizar essas informações para oferecer os próprios produtos.
UNECS
A Unecs é formada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), Associação Nacional de Materiais de Construção (Anamaco), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Essas entidades juntas são responsáveis, no seu conjunto, por 14,95% do PIB do País ou por R$883,2 bilhões de um total de R$5,905 trilhões em 2015 e geravam, juntas, 9,15 milhões de empregos ao final de 2015.