Imagem: Divulgação/Reprodução - Blog de Jamildo |
O cenário atual e a chances do estado e do Brasil foram apresentadas pelo economista Jorge Jatobá, na XXI Análise Ceplan, realizada pela equipe de economistas da consultoria e detalhada na sede da Amcham Recife, em encontro dos empresários e executivos associados à instituição. “Os números são ruins dos balanços do ano em 2016 e apresentam uma previsão que não tinha como ser extremamente positiva, até porque é um ano de PIB negativo, no comparativo com outro ano também de queda. É muito ruim”, resume Jatobá.
“Mas temos uma base sólida para retomar, pelos investimentos que foram feitos e que podem agregar na produção e principalmente na geração de empregos. Um exemplo claro é o da PetroquímicaSuape, que foi construída e não opera em sua totalidade. Com a concretização da venda para a o setor privado, ela voltará a contribuir com a economia local”, complementou, citando que o estado levou uma pancada maior em relação ao número de desempregos, “porque as desmobilizações programadas para 2014, com o fim da construção de grandes empreendimentos que empregavam em volumes elevados, aconteceram no mesmo tempo da ‘boca da crise’, o que não deu chance para a reinserção ao mercado.” Só para se ter ideia, em outubro de 2016 (comparando com 2015), eram menos 66 mil trabalhadores em Pernambuco.
De acordo com Jatobá, essa combinação atacou a massa salarial e bateu na demanda de produtos e serviços. De acordo com os balanços mais atuais deste ano, no comparativo com 2015, todos os setores macroeconômicos medidos pelo Produto Interno Bruto caíram em Pernambuco, inclusive acima do resultado nacional. A agropecuária, por exemplo, recuou 9,2%, a indústria 7,7% e o setor de serviços sofreu queda de 5,8%. O alerta vai para algumas condições que não têm previsão de ajudar nessa guinada na economia. “A estiagem é realidade e vai continuar. Ela atrapalha o crescimento e, no estado, é um dos agravantes de inflação, que também precisa de medidas de controle”, ressalta.
Do Diário de PE
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