Mesmo com crise que o Brasil atravessa, com todos os segmentos da economia em retração, a diretoria do Porto do Recife conseguiu que, esse ano, o ancoradouro tivesse um aumento, ainda que tímido, na movimentação de cargas. Com 1,51 milhões de toneladas operadas, o Porto fecha 2016 com um crescimento consolidado de 6% em relação a 2015. Os números resultam, principalmente, do retorno das importações de milho, de acordo com o diretor comercial e de operações, Carlos Vilar. "Sem dúvida alguma, esse nosso crescimento foi impactado pela retomada da movimentação marítima das cargas de milho. Somente com esse grão, chegamos ao fim do ano com um total de 400 mil toneladas do produto movimentado", ressaltou.
Ao realizar o balanço de movimentações de cargas em 2016, de um modo geral, a maioria apresentou crescimento em relação ao ano anterior. Tradicionalmente, Pernambuco exporta açúcar e este continua sendo o principal produto movimentado nesse tipo de comércio. Atualmente o Terminal Açucareiro está com 180 mil toneladas estocadas do açúcar tipo demerara. "Em 2016, nós tivemos um novo segmento de exportação que foi o de vergalhões de ferro, da Gerdau, sendo enviados para a Colômbia, Trinidad e Tobago, Panamá, Cabo Verde e outros países da África. Podemos também destacar a retomada da movimentação de produtos de ferro, aço e liga, onde incluímos aí as bobinas de aço importadas da China. Em outros produtos, mantivemos a movimentação. Como é o caso do malte de cevada, matéria-prima para as indústrias cervejeiras, e a barrilha que é fundamental para o pólo vidraceiro de Goiana, além das indústrias de saponáceos", salientou.
A Gestão Portuária explica a importância que o atracadouro do Recife tem para a economia do estado. A grande movimentação do Porto é de cargas a granel tanto na importação quanto na exportação, com destaque para negócios feitos com os países do MERCOSUL. A avicultura de Pernambuco, por exemplo, está sendo abastecida pelo milho argentino e a capacidade operacional do ancoradouro foi fator primordial para essa conjuntura. "Nós estamos atendendo ainda as demandas dos avicultores da Paraíba, Rio Grande do Norte e parte dos criadores de aves do Maranhão. Então, o nosso atracadouro tem sido escolhido estrategicamente para operar esse tipo de carga, impulsionando a economia do estado e de parte do Nordeste.
Apesar de 2016 ter sido um ano difícil, o Porto do Recife mostrou que pode superar as dificuldades. A criatividade e o esforço do trabalho colaborativo foi bastante positivo para ultrapassar os números do ano passado. "Isso dá credibilidade ao Porto e aos empresários que o utilizam. Nós temos uma responsabilidade muito grande com a economia de Pernambuco e do Brasil, e o ancoradouro recifense não vai fugir de suas obrigações. O ano de 2017 será de grandes desafios, porém isso nos dá mais motivação para superar todos os entraves", finalizou o diretor.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa do Porto do Recife