Pernambucana conquistou 13 medalhas em 2016. Foto: Sérgio Bernado/JC Imagem. |
Dona de 13 medalhas conquistadas apenas em 2016, a nadadora pernambucana Carolline Gomes é tida como uma das possíveis representantes de Pernambuco nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Com apenas 18 anos, Carolline já possui uma série de conquistas na carreira, como o vice-campeonato no Sul-Americano do Pacífico, disputado no Chile, no ano passado. Porém, mesmo com o vasto número de medalhas no currículo (91 ao todo), a jovem ainda sofre com a falta de apoios e patrocínios, o que impede um maior número de viagens e treinamentos mais específicos.
Os número conquistados pela pernambucana em 2016 se tornam ainda mais expressivos quando analisadas as dificuldades que a atleta teve durante o ano. Ela passou sete meses se recuperando da febre chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, e que a tirou do Campeonato Brasileiro de Natação, disputado em João Pessoa. Mesmo com as dores, a jovem disputou competições internacionais e chegou a conquistar o bronze no Campeonato Brasileiro Universitário, além do seu sexto título pernambucano.
A dificuldade financeira também foi outro empecilho grande. Durante o Sul-Americano do Pacífico, Carolline teve apenas um maiô para disputar as provas da competição, o que dificultou o seu rendimento. Ela até recebe uma ajuda de custo, dada pelo Governo de Pernambuco, por meio do programa Bolsa Atleta, mas mesmo assim, o valor segue sendo insuficiente para que ela alce voos mais altos.
TEMPORADA COMEÇA EM MENOS DE UMA SEMANA
Carolline vai iniciar a temporada já no próximo dia 15, quando compete na Copa Hammerhead, que será disputada em Natal, no Rio Grande do Norte. A competição será disputada em mar aberto. Essa será a primeira vez que a atleta irá competir nesse tipo de prova, já que toda a sua carreira foi construída nas piscinas. Mesmo com a novidade, Carol garante que buscará repetir os bons resultados já conquistados na outra categoria.
“Com o treino, tudo vai bem. O treino ajuda a gente a competir e a se adaptar melhor aos novos desafios. Vamos treinar bastante para, quem sabe, se sair bem lá em Natal”, afirmou a atleta.
A migração para a nova categoria é uma tentativa de facilitar contratos de patrocínios. Algo que ainda é uma incógnita para 2017, já que a atleta não possui nenhum contrato fechado para esse ano.
Do JC Online (Matheus Cunha)