Foto: Flávio Japa/Folha de Pernambuco |
A universalização do sistema que está tornando mais fácil e seguro o pagamento de boletos bancários foi adiada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Chamado de Nova Plataforma de Cobrança, o sistema começou a operar em julho com boletos de valor superior a R$ 50 mil e passou a receber os de até R$ 2 mil em setembro. Em dezembro, deveria passar a ler os demais boletos. Mas, agora, só vai receber essas contas de menor valor em 2018.
“Em função do volume elevado de documentos que irão trafegar pelo novo sistema - cerca de 4 bilhões de boletos por ano, montante comparável à capacidade das grandes processadoras de cartões de crédito do mundo - o setor bancário decidiu rever o cronograma original, que previa a inclusão de todos os boletos na Nova Plataforma de Cobrança já a partir de dezembro”, informou a Febraban, frisando que a mudança visa dar maior segurança e estabilidade à mudança do sistema.
Procurada pela reportagem, a Febraban lembrou que a previsão era rebaixar o valor dos boletos encaminhados à Nova Plataforma de Cobrança para R$ 500 em outubro e R$ 200 em novembro para, em dezembro, atender todos os cerca de 3,5 milhões de títulos que são emitidos por ano no País. A federação, no entanto, disse que o calendário de implantação de 2018 ainda não foi definido. Por isso, ainda não se sabe quando esse processo vai chegar ao fim. A Febraban explicou, por sua vez, que os boletos já lidos pelo novo sistema correspondem a apenas 3,7% do total. Por isso, as próximas etapas demandarão um trabalho ainda maior. "A implementação precisa ser feita da maneira mais gradual e cuidadosa possível, garantindo o pleno funcionamento da ferramenta", frisou a federação.
Entre os benefícios da Nova Plataforma de Cobrança, está a possibilidade de quitar boletos vencidos em qualquer banco e não apenas no banco emissor da conta. O sistema também evita o pagamento em duplicidade porque concentra os dados dos emissores e pagadores do boleto e confere essas informações antes de liberar o pagamento. Com isso, ainda é possível reduzir fraudes.
Fraudes
A fim de reduzir as fraudes eletrônicas no sistema bancário, a Febraban assinou um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal. Com isso, as instituições vão compartilhar dados e tecnologia, além de trabalhar juntas no combate de possíveis fraudes.
Da Folha de PE