segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Otimismo | Consumo volta a subir neste carnaval

Para os que produzem fantasias, os tecidos também tiveram
 reajuste pequeno:  0,8%. Foto: Brenda Alcantara/DP
Com um cenário econômico bem menos adverso que o do mesmo período do ano passado, um mercado de trabalho mostrando melhoras, crédito mais barato e uma população mais confiante, o carnaval pernambucano deve registrar aumento de consumo. O otimismo vem de uma recuperação iniciada no início do segundo semestre de 2017. Quem garante é o Instituto Fecomércio/PE, que analisou o comportamento dos preços. Alguns itens se destacaram com reajustes inferiores aos demais. A cerveja por exemplo, produto muito consumido em períodos de festa, teve uma variação de apenas 0,6% nos últimos 12 meses, o que praticamente irá deixar o preço desse item igual ao do ano anterior.

Já os tecidos, que são procurados por quem deseja fazer fantasias, não mostrou uma alta considerável, com uma variação de 0,8%, em média, na Região Metropolitana do Recife. Segundo o economista e analista da Fecomércio Rafael Ramos, o cenário é mais positivo que o do mesmo período em 2017. “A população está voltando a consumir. No comércio, o ponto positivo vai para os supermercados e hipermercados, lojas de tecidos e vestuário, onde os itens que mantiveram os seus preços em relação ao ano passado são vendidos”, afirmou. Rafael atenta que esses produtos não tiveram um aumento, principalmente, pelo nível de estoque que ficou alto, já que as vendas não foram tão animadoras em 2017.

Além disso, outra queda importante foi em relação ao índice geral da inflação para 2017 na RMR, que foi de 3,3% no acumulado de 12 meses até dezembro, bem inferior aos últimos três anos. O grupo de bebidas e alimentos foi o responsável pelo impacto na queda do Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).

Mas, para este carnaval, nem tudo são flores. Os itens ligados à questão do transporte apontam que o folião pernambucano que usar carro de passeio para se deslocar até os locais da festa vai gastar um pouco a mais que o ano passado. “A gente tem uma gasolina bem mais cara que no ano anterior, com uma variação chegando a 12,6%”, afirmou Rafael.

De acordo com o economista, o momento é de procurar uma festa que caiba no bolso, sem extrapolar. “O carnaval caiu muito perto do final de janeiro, e muita gente está terminando as compras do material escolar e ainda pagando faturas pendentes. Então, o folião deve ter muito cuidado na hora de escolher o seu destino para as festas e com o que vai gastar”, alerta.

Do Diario de PE