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O consumidor pode esperar novo aumento dos preços da gasolina nos próximos dias. Mesmo com os valores do combustível a caminho da normalidade, o aumento de 1,23% nas refinarias, anunciado ontem pela Petrobras, deve ser repassado para as bombas. Segundo o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, o produto é de circulação rápida, o que agiliza a mudança de preços.
“O estoque gira rápido. Os preços acabam sendo repassados muito rapidamente para o consumidor”, explicou Bentes. O aumento, no entanto, pode ser freado, em parte, pela baixa demanda do produto. “Isso pode segurar a alta”, avaliou o economista. Ele advertiu, no entanto, que novos aumentos podem ocorrer se o preço do barril de petróleo no mercado internacional continuar a subir.
Nos últimos dias, os valores cobrados nos postos vinham diminuindo, conforme pesquisa realizada regularmente pelo Correio (veja quadro). Na semana passada, o valor mais baixo encontrado foi de R$ 4,19. Ontem, o preço mais em conta era de R$ 4,15. O motorista de Uber Leonardo da Silva Gomes, 28 anos, disse, porém, que mal sentiu o preço baixar. “Eu passo por vários lugares. Tento sempre abastecer onde é mais barato, mas não vi muita diferença”, afirmou. Ele disse que, se vier uma nova alta, pode ter de deixar o carro em casa. “Vou conferir se vale a pena sair para trabalhar”, lamentou.
O advogado Luiz Carlos Almeida, de 40 anos, também se sente prejudicado. Ao contrário de Leonardo, ele obervou uma baixa nos preços dos postos que frequenta, mas considera que o combustível está caro, ainda mais por que utiliza muito o carro para trabalhar. “Eu preciso visitar clientes, sair para audiências”, justificou.
Do Correio Braziliense