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As redes sociais, há muito tempo, fazem parte do dia a dia das pessoas, sendo inegável sua importância na disseminação de informações e conhecimento. E quando esse conteúdo não condiz exatamente com a realidade?
Estamos falando das famosas fake news, que consistem em boatos distribuídos com o status de notícias. Esse tipo de mensagem é escrito e publicado, muitas vezes, com manchetes sensacionalistas e evidentemente falsas, com o único intuito de enganar o leitor. Elas apelam para o lado emocional de quem as lê, aproveitam-se da desinformação e caminham com os próprios pés. Em resumo, aqueles que as produzem aproveitam da ingenuidade e da falta de checagem de informações, fazendo uso das facilidades que os meios digitais oferecem para disseminar mentiras.
Seu principal e mais preocupante impacto tem sido o tumulto gerado no processo eleitoral. O fenômeno não é de hoje, muito menos exclusivo do Brasil. Ao contrário, no ano passado, elas tiveram um peso decisivo nas eleições que colocaram Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos. A poucos meses das eleições em território brasileiro, o maior desafio é compreender de que forma as notícias falsas atingem e podem definir a disputa política.
Para tentar frear a disseminação e os efeitos dos boatos nas eleições, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL) lançou, em agosto, uma campanha para mostrar que o melhor caminho para acabar com as fake news é a educação, transparência e exercício de checagem de fatos. As peças apresentam dicas sobre como identificar e proceder diante dessas situações. A campanha tem foco nas redes sociais e contempla cards para divulgação no Facebook, Instagram e LinkedIn, e-mail marketing e jingle.
“O Sistema CNDL lança essa campanha contra fake news como alerta à sociedade para que a corrente de distribuição de notícias falsas nas redes sociais, principalmente neste momento pré-eleitoral, seja quebrada. Como representante de quase meio milhão de empresas associadas no país inteiro, sabemos de nossa responsabilidade no combate ao compartilhamento e reprodução dessas inverdades”, explica o presidente da CNDL, José César da Costa.
Todos os materiais foram compartilhados com as Federações das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDLs) e Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) para que as entidades participem ativamente da campanha. “A ideia é ter uma iniciativa ampla e alinhada ao compromisso de todo o sistema de barrar o compartilhamento de notícias falsas”, afirma Costa.
Esforço conjunto
O combate às fake news tem se mostrado um esforço mundial. O Facebook, por exemplo, fechou acordos com agências de checagem para verificar a veracidade de informações compartilhadas na rede. No Brasil, essa parceria dá-se com as agências Lupa, Aos Fatos e France Presse.
Apesar de não haver tipo penal que trate da punição de quem cria boatos no Brasil, há, atualmente, 14 projetos em tramitação no Congresso Nacional nesse sentido. Desses, 13 estão na Câmara dos Deputados e um no Senado, de acordo com o Conselho de Comunicação Social do Senado.
Da CNDL