Gabriela Parisi, advogadaFoto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco |
Segundo dados da CNDL e SPC Brasil, expectativa é que a busca pelos mimos movimentem R$53,5 bilhões e levem 110 milhões de pessoas para as ruas
Mesmo depois de um ano difícil, em que os efeitos da crise econômica ainda são sentidos, o brasileiro não vai deixar de ir às compras neste Natal. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), pelo menos 110,1 milhões de pessoas (72%) pretendem presentear alguém nas festas de fim de ano, gerando uma injeção de R$ 53,5 bilhões na economia. Nesse panorama de recessão, os consumidores encontram estratégias para gastarem menos com as compras. Para 47% dos que vão participar de pelo menos um Amigo Secreto, a tradicional brincadeira é uma delas. Afinal, ela permite que cada um compre apenas um presente, mas que, no final, todos sejam presenteados. De acordo com o levantamento, quem participar do sorteio deve desembolsar cerca de R$ 60.
Mesmo depois de um ano difícil, em que os efeitos da crise econômica ainda são sentidos, o brasileiro não vai deixar de ir às compras neste Natal. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), pelo menos 110,1 milhões de pessoas (72%) pretendem presentear alguém nas festas de fim de ano, gerando uma injeção de R$ 53,5 bilhões na economia. Nesse panorama de recessão, os consumidores encontram estratégias para gastarem menos com as compras. Para 47% dos que vão participar de pelo menos um Amigo Secreto, a tradicional brincadeira é uma delas. Afinal, ela permite que cada um compre apenas um presente, mas que, no final, todos sejam presenteados. De acordo com o levantamento, quem participar do sorteio deve desembolsar cerca de R$ 60.
Foi assim na casa da estudante e advogada Gabriela Parisi, 23. “Minha família é muito grande e todo mundo achava chato não poder dar presentes para todos. Antigamente se dava apenas para as crianças, mas os outros se sentiam desvalorizados por isso”, revelou. Em 2016, no auge da crise, a família decidiu incluir o Amigo Secreto nos festejos natalinos.
“Assim todos participariam, inclusive as crianças, e não teríamos problema de gastar demais ou ter que dar algo muito simples. Também evitando ter um presente ‘melhor’ que outro, já que a faixa de preço é a mesma”, opinou. No Natal deste ano, os presentes da família custarão entre R$ 40 e R$ 80. Entre as amigas da jornalista Clara Amorim, 22, o cenário é o mesmo. “Essa é a brincadeira que a gente faz todo ano como uma forma de confraternizar e dar uma lembrancinha que seja mais a cara uma da outra”, disse ela. “É uma forma de todo mundo ser lembrado, e justamente sem ninguém ter que dar um presente para toda pessoa”, comentou. Clara conta que o valor mínimo estipulado foi de R$ 20, mas que deve chegar a gastar até R$ 50.
O educador financeiro Arthur Lemos concorda que o Amigo Secreto funciona como estratégia para economizar. “É muito vantajoso porque você provoca uma grande economia na família inteira, e não só seu bolso”, afirmou. “Além disso, no final do dia, você acaba tornando a troca de presentes uma forma de entreter a família, acaba virando um grande jogo”, disse.
Lemos alerta, no entanto, para atentar para os valores mínimos e máximos acordados entre os participantes. “É valido destacar a importância de definir as regras da brincadeira e respeitá-las. Porque, mesmo recorrendo à estratégia do Amigo Secreto, é preciso não desrespeitar o orçamento. E também para preservar o clima da festa, pois eventualmente é desconfortável dar um presente muito econômico e receber algo de valor muito superior”, concluiu.
Da Folha de PE