A operação deve continuar no aeroporto até que a situação seja normalizada.Foto: Divulgação |
Desde a última sexta-feira (26), o aeroporto tem operação de fiscalização intensificada para reduzir para os passageiros
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e o Procon/PE continuam, nesta segunda-feira (29), com a operação que busca minimizar os impactos provocados pelos cancelamentos dos voos da Avianca no Recife. Desde a última sexta-feira (26), a fiscalização no Aeroporto Internacional Guararapes está intensificada para garantir que os direitos do consumidores sejam respeitados.
A Avianca passa por um processo de recuperação judicial e só nos aeroportos do Recife e de Petrolina, em Pernambuco, já foram mais de 150 voos cancelados, totalizando mil cancelamentos em todo o país. Recentemente, a empresa diminuiu a frota de aeronaves de 25 para 7, de forma que passou a atuar apenas em quatro aeroportos no Brasil: Congonhas, em São Paulo; Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Brasília, no Distrito Federal; e Salvador, na Bahia. Por esse motivo, muitos passageiros foram prejudicados, como os que estão em Pernambuco.
De acordo com Pedro Eurico, secretário de Justiça e Direitos Humanos, a prioridade da operação é tentar embarcar o máximo de passageiros. “A gente vai continuar buscando de todo jeito fazer com que essas pessoas embarquem. Neste fim de semana, muita gente conseguiu embarcar e hoje nós estamos aqui desde cedo fazendo esse trabalho.”
Se o embarque não for facilitado pela empresa, o secretário informa que é responsabilidade da Companhia Aérea garantir alimentação e hospedagem. “Se passar de quatro horas de espera, o passageiro tem direito à alimentação e a hotel, mas a companhia não está fazendo mais isso”. Nesse caso, é preciso contactar o Juizado Cível, no próprio aeroporto. “O consumidor tem que procurar o Juizado e ingressar imediatamente com ação de danos morais e também exigir indenização pelo que perdeu”.
Karine Ferreira foi um dos muitos consumidores que teve o voo cancelado sem aviso prévio. Sentindo-se lesada, a empresária está preocupada e sem perspectivas de retorno para Feira de Santana, na Bahia, onde mora. O voo estava marcado para às 11h desta segunda-feira (29) e não havia sido apresentada, esta manhã, nenhuma alternativa de embarque para ela. “Estou me sentindo impotente sem saber como vou voltar pra casa. A gente compra uma passagem de avião pensando no conforto, no bem-estar e a gente não tem nada disso garantido. Uma viagem que era ser pra descanso acabou sendo um transtorno”.
A gerente de Fiscalização do Procon em Pernambuco, Danielle Sena, informou que a operação não tem previsão de deixar o aeroporto e deve continuar de forma intensa no local até que a situação seja normalizada.
Da Folha de PE