terça-feira, 23 de abril de 2019

Vendas de Páscoa apresentaram alta de 1,29%

Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
As vendas a prazo na semana anterior à Páscoa tiveram uma pequena alta no Brasil neste ano. O acréscimo foi de 1,29% em comparação com o mesmo período do ano passado e foi puxado pelo chocolate, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 

O número baixo já estava dentro das expectativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que acredita em uma recuperação econômica lenta e, por isso, projetava um crescimento de 1,5% para as vendas da Páscoa.

Superintendente de finanças do SPC Brasil, Flávio Borges admitiu que o resultado ficou aquém do esperado, mas destacou que o número deste ano foi melhor do que o da Páscoa de 2018, quando as vendas recuaram 0,34%, após a alta de 3,34% de 2017. 

Economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos reforçou que, apesar de modesto, o crescimento foi positivo. “Na atual conjuntura, esse número foi bom. Afinal, a taxa de desemprego ainda está alta e o País está voltado para a reforma da Previdência”, explica.

Ramos ainda conta que Pernambuco deve seguir o número nacional, com um pequeno aumento de vendas em relação ao ano passado. “O Estado deve seguir essa tendência, apesar de ter uma alta taxa de desemprego, que interfere bastante nas vendas, já que o resultado do comércio depende do mercado de trabalho aquecido e nós não temos isso”, destacou Ramos. 

Por conta disso, o superintendente do SPC Brasil já acredita até que esse resultado de 1,29% pode balizar o comportamento do comércio no Dia das Mães. “Esse é um período em que as pessoas tendem a comprar e presentear. Esse crescimento sinaliza que no Dia das Mães deve ter algo parecido, com a mesma ordem de grandeza", calculou Borges.

Chocolate
Ele contou ainda que o que ajudou a incrementar as vendas da Páscoa neste ano foi o ovo de chocolate caseiro. “A principal intenção de compra foi o ovo industrializado, mas o que chamou a atenção foram os ovos caseiros, que surgiram como opção de compra e de renda para as pessoas”, afirmou Borges, ressaltando que o brasileiro segue consumindo ovos, caixas e barras de chocolate.

Da Folha de PE