Foto: Divulgação / Moda Center Santa Cruz |
O Polo de confecções do Agreste já está vivendo o clima de São João, o segundo Natal do ano para a indústria e o comércio de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. Os empresários aguardam uma recuperação das vendas com o aumento dos visitantes de vários Estados e cidades da região e do Recife.
Para atender à demanda, Santa Cruz e Toritama anteciparam o horário das feiras de confecções desde o último fim de semana até o ápice das festas: o Dia de São João. “A entressafra da confecção, em março e abril, foi uma das piores, as vendas simplesmente pararam. Nossa expectativa é que da segunda quinzena de maio até final de junho possamos ter um generoso aquecimento nas vendas”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe, Bruno Bezerra.
No Centro da Moda Santa Cruz, os resultados começaram a aparecer. “No ano passado, a greve dos caminhoneiros afetou nossas vendas de maio, mas já sentimos uma melhora este mês com o Dia das Mães e a abertura no último domingo. Esperamos vender mais neste São João, apesar da economia ainda estar esperando decisões políticas”, diz o síndico do Centro da Moda Santa Cruz, José Gomes.
A chuva que caiu no Sertão este ano, deixando os revendedores com dinheiro para comprar e abastecer o comércio das suas cidades, também deve favorecer as vendas nas mais de 700 lojas e 9 mil bancas do Centro. A previsão é receber entre 50 mil e 70 mil pessoas na feira da semana anterior ao São João e também na posterior, quando os revendedores voltam para repor estoques.
Em Toritama, a capital do jeans que, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Edson Tavares, responde por cerca de 15% da produção nacional, “junho é um mês de crescimento exponencial”, que beneficia toda a cidade e, este ano, pode trazer uma aguardada recuperação. “Toritama é uma cidade industrial mas estamos com baixa demanda e uma capacidade ociosa de 30% a 40%. Aguardamos um aquecimento”, declara o secretário que estima um crescimento moderado, de 5% a 10% das vendas de junho em relação a junho de 2018.
Em Caruaru, a economia entra no ritmo junino a partir de maio e, segundo o secretário Extraordinário da Feira de Caruaru, José Pereira, as vendas são tão boas quanto no fim do ano, especialmente de jeans e casacos de frio. A programação festiva é mais um fator para a movimentação da cidade que, no ano passado, recebeu dois milhões de pessoas nas festas juninas. As feiras saem no lucro com os visitantes e não sofrerão mudanças de horário - continuando às segundas, a partir das 04h da madrugada. Segundo Pereira, a Prefeitura investirá R$ 8 milhões no Parque 18 de Maio, com recursos do governo federal. Do total, R$ 5 milhões nos mercados públicos.
“Nossa expectativa é sempre muito positiva. Em 2018 atingimos 97% de ocupação na rede hoteleira e tivemos crescimento na arrecadação municipal. Existe uma confiança para ampliarmos os resultados este ano”, declara o secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, João Melo Neto.
No Polo Caruaru, um dos grandes centros de roupas populares do Agreste, com 222 lojas, a programação de São João foi inaugurada no último dia 18, com shows ao vivo aos sábados e domingos para chamar o público que deve crescer entre 30% e 40% até junho. O Polo também investiu na ambientação da época, com réplicas da casa do Mestre Vitalino e de uma mercearia antiga. “Nossa proposta é fazer uma festa para as famílias, trazendo crianças e idosos para comprar e se divertir com segurança”, afirma o presidente do Polo Caruaru, Djalma Cintra Júnior, adiantando que muitas lojas estão fazendo promoções.
Do Diario de PE