sexta-feira, 21 de junho de 2019

Comidas juninas ficam mais 'salgadas' no bolso

Preços de bolos prontos sofreram queda, em contraponto
à média de alta. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Os festejos juninos, tradicionais no Nordeste, vão pesar mais no bolso do consumidor este ano. Para quem vai comprar comidas típicas do período, atenção: os preços médios subiram acima da inflação, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Os ingredientes usados no preparo dos quitutes tiveram um crescimento, em média, de 9,15% entre junho de 2018 e maio de 2019, registrando uma elevação maior do que a inflação acumulada no mesmo período, que foi de 5,06% (IPC-10/FGV).

A principal vilã para quem gosta de curtir o São João como manda a tradição foi a batata inglesa, que teve a maior alta entre os produtos, com incremento de 98,13%. A couve (24,43%) e a farinha de trigo (21,75%) vieram logo na sequência. Mas a lista não para por aí e outros produtos que pesaram no bolso do matuto foram o leite de coco (17,80%), macarrão (13,54%) e fubá de milho (12,77%). Salsicha e salsichão também apresentaram aumento, de 12,30%. 

“Os itens da cesta junina que mais avançaram de valor apresentam um nível de preço baixo. Portanto, não se apresentam como um desafio para o consumidor. A maior parte é derivada de grandes commodities, como o trigo, que acumularam alta expressiva nos últimos 12 meses. Segundo o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o trigo subiu 9,14%”, pontuou André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE.

Mas também é possível aproveitar os festejos juninos sem extrapolar o orçamento, já que a lista conta com itens que ficaram mais baratos. Destaque para a farinha de mandioca, que teve variação negativa de 23,47%; o bolo pronto (-1,98%); o açúcar refinado (-0,67%) e as bebidas destiladas (-0,02%).

SELIC
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, por unanimidade, manter a taxa básica de juros a Selic, em 6,50% ao ano. A manutenção confirma a expectativa do mercado financeiro. De um total de 56 instituições consultadas, todas esperavam pela manutenção da Selic no nível atual. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 30 e 31 de julho de 2019.