segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Francisco Saboya destaca que digitalização é uma urgência

Foto: Bruna Costa/ DP
Principal fonte de apoio aos novos negócios, o Sebrae marcou presença na terceira edição do Rec’n’Play. Na sexta-feira, a instituição levou amostras do SebraeLAB, segmento com foco digital que orienta startups novatas e pequenas empresas que não sabem como migrar para o ambiente digital. Em palestra no prédio Apolo 235, que abrigou a entidade durante o evento, o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Francisco Saboya, alertou para a urgência de estar digitalizado e de esquecer padrões antigos para sobreviver no mercado. Pesquisa da Universidade de Columbia (EUA) mostra que 40% dos empreendimentos que existem hoje não existirão em dez anos. “E olhe que esses são números conservadores. Perguntaram-me uma vez se o empreendedorismo vai dar conta da falta de empregos. Isso é uma visão econômica do passado. Temos que nos vacinar disso. As estratégias para o futuro não podem ter o passado como base única”, ref lete. “Quando 20% da economia giram em torno de uma nova lógica, como a digital, o modo anterior já era. Temos que ser construtores permanentes do futuro. E a única forma de fazer isso é não colocar o passado nele”, acrescenta. Saboya materializa a questão na forma de encarar a alta mortalidade de startups. “Para uns, é sinal de fracasso, para nós é aprendizado. Tem que encarar isso de uma outra maneira, porque é uma leitura equivocada”, aponta. “Startup é uma empresa com grau de inovação e ousadia altíssimos. E o ser humano tem medo da inovação, que é um mergulho no desconhecido, uma construção permanente de futuros. Uma startup que fracassou hoje, mais adiante se junta com outras duas que também fracassaram e, unidas, formam uma terceira próspera. Ninguém aprende só acertando. Foi assim, na tentativa e erro, que nasceram as empresas que admiramos hoje, como o Google e o Facebook”, comenta.

NOVOS TEMPOS

O SebraeLAB é uma forma do Sebrae se manter relevante nos dois mundos (startups e pequenos negócios tradicionais). Se por um lado ajuda os novos empreendedores a se estabelecer no meio, apoia os convencionais a fazer a travessia do modelo “analógico para o digital”. “O Brasil estagnou há uns cinco anos, mas o varejo eletrônico cresce 10%. Então as empresas precisam fazer essa migração, estabelecer estratégias digitais. Se não tiver em rede, atento ao novo, presente em mídias móveis, já era”, pontua.

E nada mais condizente com o Rec’n’Play que isso. “A gente aqui promove colisões criativas entre empresas, tecnólogos, startups, jovens que ainda estão decidindo o futuro. E aprendemos com isso. O conhecimento que pegamos daqui vai nos ajudar a criar novos produtos e tecnologias”, conclui.

Do Diario de PE