Crescimento em outubro é o segundo maior do ano; maioria das pendências é com setor de serviços
Ainda de acordo com o levantamento, houve um aumento de 5,55% na quantidade de empresas com contas atrasadas no país em outubro, o que representa a maior alta desde janeiro deste ano, quando o crescimento observado havia sido de 5,91%. Por outro lado, o número de outubro deste ano é inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando a alta fora de 7,26% no crescimento de empresas negativadas por falta de pagamento.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, embora melhor do que no auge da crise, a atividade econômica segue enfraquecida, o que vem prejudicando o faturamento das empresas e, consequentemente, a sua capacidade de pagamento. “A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao crescimento modesto da economia. Apesar de a economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise”, analisa Costa.
70% das pendências de empresas são devidas ao setor de serviços; Inadimplência cresce mais na região Sul
O indicador revela que o setor com maior crescimento no número de empresas negativadas foi o de serviços, cujo aumento visto em outubro foi de 8,51%. A segunda maior alta ficou com o comércio (2,90%), acompanhado de perto do setor industrial (2,89%).
No geral, a maior parte das dívidas que geraram a negativação foram contraídas no ramo de serviços, que engloba bancos e financeiras: o setor responde sozinho por 70% das pendências em nome de pessoas jurídicas. Já o comércio fica com a fatia de 17%, enquanto a indústria com 12% do total de dívidas não-pagas.
Os dados regionais mostram que houve alta no número de empresas inadimplentes nas cinco regiões pesquisadas. A liderança ficou com a região Sul. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de pessoas jurídicas negativadas nessa região cresceu 8,30%. O Sudeste ficou na segunda colocação do ranking de atrasos, com crescimento de 6,59%. Em seguida aparecem, Centro-oeste (2,84%) e Norte (4,24%).
Da CNDL