sábado, 9 de novembro de 2019

Inflação em outubro é a menor dos últimos 21 anos

Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). No acumulado do ano, o índice avançou 2,60% 
(Arquivo/Agência Brasil)
Após queda de 0,04% em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou leve variação positiva de 0,1% no mês passado. O resultado é o menor para o mês desde 1998, quando ficou em 0,02%. Em outubro de 2018, a alta havia sido de 0,45%.

Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o índice avançou 2,60%. O valor está abaixo da meta do governo para a inflação de 2019, que é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já na variação em 12 meses, o índice mostra expansão de 2,54%, ante os 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores a setembro.

Flavio Serrano, economista-chefe do Haitong Banco de Investimentos, explicou que, embora o resultado tenha sido positivo para a economia, as taxas mensais do IPCA “não dizem muita coisa”. “Mostra a ideia de uma inflação confortável. Mas o importante é o comportamento, a trajetória de 12 meses. É essa combinação do passado somada à expectativa pro futuro que define a política de juros do Brasil”, disse.

Serrano destacou que o ideal é que o índice esteja sempre alinhado como a meta de inflação, nem acima e nem abaixo. “Dentro da meta, a economia trabalha no seu potencial. Então, além de a economia estar se recuperando após um processo de acomodação, nós vivemos muitos anos com inflação muito alta e agora estamos compensando isso. Mas o ideal é ela na meta”, reforçou.

O avanço do IPCA foi contido por três dos nove grupos pesquisados. O destaque ficou para para o recuo de 0,61% em habitação, com contribuição de 0,10 ponto percentual na taxa geral. Depois de cair 0,43% em setembro, o grupo alimentação e bebidas, registrou ligeira alta 0,05%, contribuindo com 0,01 ponto.

Já entre as taxas positivas, vestuário apresentou o maior crescimento, com 0,63%. Em seguida veio transportes, com alta de 0,45%, e saúde e cuidados pessoais, com 0,40%.

Do Correio Braziliense