domingo, 1 de dezembro de 2019

Programa Desenvolve.AI! buscar levar inovação e competitividade às empresas pernambucanas

Projeto foi lançado nesta sexta-feira no Porto Digital.
Foto: Marlon Diego/Divulgação

As empresas instaladas em Pernambuco terão a oportunidade de receber em seu negócio um time de especialistas em tecnologia e inovação, com a missão de ajudar a resolver antigos desafios e aumentar a sua competitividade no mercado. É com este objetivo que nasce o Programa Desenvolve.AI!, executado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado.

Em parceria com especialistas do Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), Softex e diversos outros atores do setor, será realizada uma imersão nas corporações, analisando sua cadeia produtiva e identificando desafios. Também devem promover pontes com as empresas de tecnologia, grupos de pesquisa e startups para que estas proponham soluções.

Para a execução deste ciclo, a AD Diper investirá R$ 1 milhão na contratação de ações de diagnóstico e apontamentos de possíveis soluções para a iniciativa privada, por meio de um corpo técnico multidisciplinar e de consultores especializados. Todo estudo será realizado por meio da equipe do Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD).

A intenção é que, para cada R$ 1 investido pela agência, seja alavancado, no mínimo, R$ 3 em soluções inovadoras. Tudo por meio dos contratos junto aos centros de pesquisa, para o desenvolvimento de produtos tecnológicos. Isso ajudará tanto as empresas do estado na habilitação e transformação digital de seus negócios, como fomentará e dará sustentabilidade para uma série de novas empresas. Além disso, o programa chega para contribuir para a melhoria, a diversidade e o fomento de novas soluções disponibilizadas pelos diversos atores que compõem o setor de inovação em Pernambuco.

O Desenvolve.AI! complementa o esforço iniciado pelo Inovar-PE, em prol da inovação no estado de Pernambuco. O fundo, criado em 2014, exige uma contrapartida sobre uma fração (0,1% a 0,5%) dos incentivos fiscais concedidos através do PRODEPE, do PROIND e do PRODEAUTO para que sejam investidas em iniciativas de P&D&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação). Entre os exemplos, estariam o aparelhamento de laboratórios, contratação de mestres e doutores, financiamento de grupos de pesquisa, desenvolvimento e customização de encomendas tecnológicas, entre outras iniciativas.

O presidente da AD Diper, Roberto Abreu e Lima, reforça a importância de se abrir caminho para um movimento de industrialização 4.0. “O programa desenvolverá tanto as empresas na habilitação e na transformação digital para a oxigenação dos seus negócios, como fomentará e trará oportunidades para uma série de empresas tecnológicas, povoando qualitativamente o ecossistema de inovação em Pernambuco”, comemora. 

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, o governo trabalha o conceito de "Inovação Objetiva", focando em soluções que tragam resultados práticos, conectados com as necessidades do mundo real. "O Governo de Pernambuco, mais uma vez, sai na frente em busca do fortalecimento da economia do nosso estado. O Desenvolve.AI! chega para apresentar ferramentas tecnológicas voltadas para a competitividade da nossa indústria e assim ajudar seus setores na transição para uma cultura de inovação em tempos de transformação digital".

Como funciona

O Desenvolve.AI! será dividido em duas etapas: na primeira fase, serão identificadas as empresas dispostas a aderir ao programa para, em seguida, ajudá-las a entender onde estão seus desafios e os possíveis pontos de entrada para as melhorias.

Em paralelo, serão mapeadas as soluções existentes ou em desenvolvimento dentro das startups, grupos de pesquisa e empresas tecnológicas, em conjunto com os Institutos de Ciência e Tecnologia – ICTs que tiverem a estrutura de laboratório e equipe de mentoria mais adequadas para a criação, desenvolvimento e customização dessas encomendas.

A segunda fase consiste na contratação e validação da encomenda tecnológica junto ao Inovar-PE, para só então haver a contratação para o desenvolvimento de um MVP (sigla em inglês que quer dizer “Produto Minimamente Viável”), onde a empresa contratante poderá testar e confirmar a serventia para o melhoramento do seu processo, produto ou pesquisa.

Após a seleção desses pré-produtos escolhidos, as empresas investirão o restante da sua contrapartida em pesquisa e desenvolvimento, conforme preconiza a legislação do Inovar-PE.

Do Diario de PE