Foto: Marcos Santos/USP Imagens |
Os brasileiros ampliaram o volume de dinheiro em espécie que é guardado em casa diante das incertezas causadas pela crise do novo coronavírus. O aumento já é de R$ 61 bilhões e fez o entesouramento bater recorde no Brasil, segundo o Banco Central (BC).
81 bilhões em circulação no país no fim de 2019 e a expectativa era que o meio circulante crescesse a R$ 301 bilhões neste ano. Porém, com o aumento do entesouramento, o meio circulante já chegou a R$ 342 bilhões na pandemia.
Esse fenômeno ampliou, portanto, o volume e o custo da emissão de moeda no Brasil. Por isso, o Banco Central pediu ao Conselho Monetário Nacional (CMN) R$ 113 milhões para ampliar a produção das cédulas de R$ 100 e também para lançar a nova cédula de R$ 200 no próximo mês - cédula que, segundo o BC, vem justamente para fazer frente a essa demanda maior da população por dinheiro em espécie.
"O BC observou os efeitos de entesouramento trazidos pela pandemia e não sabe por quanto tempo isso vai perdurar. [...] Por isso, entende que é um momento oportuno para a nova cédula. É o BC agindo preventivamente diante do aumento da demanda por numerário", afirmou Carolina.
A diretora do BC garante, por sua vez, que o BC não pretende ampliar novamente a produção de papel-moeda prevista para este ano. E assegurou que a quantidade de dinheiro existente é suficiente para a demanda da população. Ou seja, que não vai faltar dinheiro em papel nos bancos.
"O BC entende que a quantidade de papel moeda em circulação é adequada para fazer frente às diferentes necessidades da população. O BC tem atendido a rede bancária. Não há falta de numerário", destacou.
Carolina ainda frisou que o aumento do meio circulante não é uma exclusividade brasileira na pandemia. Segundo ela, esse fenômeno também foi observado em países como os Estados Unidos, o Japão, a Itália, o Reino Unido e a China - todos duramente afetados pela pandemia do novo coronavírus.
Por: Correio Braziliense