Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil |
Em meio à pandemia de Covid-19 no Brasil, a produção de gasolina da Petrobras caiu 19,4% no segundo trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores, de acordo com relatório de produção e vendas divulgado nesta terça-feira (21).
A queda foi ainda maior na comparação com o ano anterior, chegando a 23,2%. O volume de produção no segundo trimestre foi de 290 mil barris por dia, contra 360 mil no trimestre anterior e 388 mil no mesmo período do ano passado.
A empresa creditou o resultado principalmente às menores vendas no mercado interno, motivada pelos efeitos do coronavírus no consumo deste combustível. O relatório aponta que o volume de vendas para o mercado interno sofreu queda de 14,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano e de 23,2% com relação ao mesmo período do ano passado.
As menores vendas causaram a redução das atividades operacionais, analisou a Petrobras no relatório. A empresa apontou que as medidas de precaução contra a Covid-19 demandaram redução do número de turnos, operando com apenas 50% do efetivo regular.
No início do mês de julho, a Petrobras havia subido em 5% o preço da gasolina, no que foi o oitavo aumento seguido desde o início de maio, acompanhando a recuperação das cotações internacionais do preço do petróleo após a reabertura da economia em diversos países.
Após o reajuste, o litro da gasolina sairá das refinarias da estatal, em média, a R$ 1,65. O valor é 60% superior ao vigente antes do início da sequência de aumentos. No início da pandemia, os preços registraram quedas acentuadas, com a gasolina chegando a custar cerca de R$ 0,90 nas refinarias.
Segundo um levantamento da ValeCard, responsável por gestão de frotas e meios de pagamentos, o preço da gasolina na bomba para o consumidor caiu 13% desde janeiro no Brasil. A queda se deu, principalmente, por causa do avanço da pandemia de Covid-19 em todo o planeta.
Em janeiro, quando o combustível vinha em alta, o preço havia alcançado R$ 4,762, o maior valor de 2020. Já em junho, a gasolina encerrou cinco meses de recuo e era possível abastecer o carro por R$ 4,14 o litro. A diferença é de mais de R$ 0,60.
A política de preços da Petrobras acompanha as cotações internacionais dos combustíveis, considerando ainda a taxa de câmbio, custos de importação e margem de lucro. Apesar da queda na produção de gasolina, a estatal apontou que apresentou um sólido desempenho operacional no período. Para continuar lendo, clique AQUI.