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Os últimos cinco meses, período em que o Brasil vem enfrentando os efeitos da pandemia do novo coronavírus, têm sido marcados por um crescimento do número de empreendedores que buscam formalizar seus negócios. Segundo levantamento do Sebrae, entre 31 de março e 15 de agosto, foram feitos 784,3 mil registros no Simples Nacional, número que é 0,8% superior ao mesmo período do ano passado. A maior parte desses novos negócios (87%) foi de Microempreendedores Individuais (MEI), com 684 mil registros, quase 43 mil a mais do que o mesmo período de 2019. Os negócios restantes foram registrados como Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, nesse mesmo período.
O aumento pode estar atrelado ao fechamento de postos de trabalho que aconteceram durante as medidas de restrições necessárias no combate da Covid-19. Segundo o IBGE, da primeira semana de maio até a primeira quinzena de agosto houve um aumento de 31,2% no número de desempregados no país. Esta é a avaliação do presidente do Sebrae, Carlos Melles, que acredita que grande parte dos negócios abertos nesses últimos meses foram motivados pela necessidade de buscar uma fonte de renda, e alerta que esses empreendimentos precisam de um planejamento para ter mais chances de dar certo.
“Normalmente as pessoas que empreendem em razão do desemprego não se preparam adequadamente e têm um sério risco de atravessar problemas na administração do negócio no futuro”, afirma Melles. “Para essas pessoas, a instituição oferece um universo de cursos que podem ser feitos à distância (até mesmo pelo WhatsApp) e sem nenhum custo”, explica o executivo.
Criado como figura jurídica há mais de 10 anos, o MEI nasceu para incentivar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos. Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês) e têm, no máximo, um funcionário. “O MEI é o caminho da formalização, uma boa solução para quem está conseguindo manter a atividade neste período, pois ele pode ampliar as vendas, emitir nota fiscal, entre outros benefícios”, explica Carlos Melles.
Além desses benefícios, o Governo Federal permitiu, recentemente, que o MEI fique dispensado de obter o alvará de funcionamento. Com isso, está ainda mais fácil para o empreendedor se formalizar, pois não é mais necessário aguardar a visita dos agentes públicos para abrir a empresa. Para continuar lendo, clique AQUI!