Para 2021, a expectativa também melhorou, para um crescimento de 3% da economia no próximo ano, ante alta de 2,2% esperada anteriormente. O banco apresentou também pela primeira vez sua previsão para 2022, que é de um avanço de 2,5% do PIB brasileiro, representando, portanto, uma desaceleração em relação ao ano anterior.
Para a América Latina e Caribe (exceto Venezuela), a projeção da instituição financeira piorou para este ano, para queda de 7,9%, maior do que o recuo de 7,2% esperado em junho. Por outro lado, a projeção de crescimento para 2021 melhorou para a região, para alta de 4%, acima da projeção de avanço de 2,8% feita em junho.
As estimativas para 2020 pioraram para países como Argentina (-12,3%, de -7,3% anteriormente), Bolívia (-7,3%, de -5,9%), Chile (-6,3%, de -4,3%), Colômbia (-7,2%, de -4,9%), México (-10%, de -7,5%), Paraguai (-3,2%, de -2,8%) e Uruguai (-4%, de -3,7%).
"Os países na região estão sofrendo com a redução na demanda externa, maior incerteza econômica, o colapso no setor de turismo e as consequências de meses em confinamento para tentar conter a propagação da doença", observa a equipe do Banco Mundial, em relatório.
Os níveis da dívida pública na região aumentaram bruscamente, à medida em que os governos aumentaram suas despesas para enfrentar a crise. "Os auxílios emergenciais podem continuar a ser necessários no momento, mas os países terão que encontrar maneiras de voltar ao equilíbrio fiscal", afirma a instituição.
O Banco Mundial destaca ainda que o impacto das medidas de confinamento foi sentido de maneira desproporcional nas famílias que dependem de trabalhos informais. Em resposta, a instituição defende medidas de incentivo à formalização e a importância de registros abrangentes para facilitar transferências sociais entre os que vivem "da mão pra boca", nas palavras do banco.
A instituição financeira destaca que os pacotes de estímulo dos governos da região foram robustos, apesar das limitações fiscais, com muito dos recursos destinados às transferências sociais. "O efeito multiplicador dessas transferências na atividade econômica é significativo." Para continuar lendo, clique AQUI. Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil