O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco registrou a quarta alta consecutiva na variação mensal, com crescimento de 2% entre julho e agosto. Além disso, desde o início da pandemia, em março, foi a primeira vez que o índice apresentou variação positiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior, ficando em 0,3% entre agosto de 2020 e de 2019. Porém, apesar dos sinais de recuperação, a economia pernambucana ainda não conseguiu se recuperar dos impactos negativos causados pela pandemia e tem saldo negativo de 3,8% no acumulado do ano. A variação também teve queda no acumulado dos últimos 12 meses, com recuo de 2%.
Depois das quedas de março (-5,4%) e abril (-9,7%), o PIB do estado começou a apresentar crescimento na variação mensal em maio (5,5%), junho (2,7%), julho (4,6%) e agosto (2%). Já na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2019, a economia pernambucana vinha registrando taxa negativa desde março (-3,4%), além de abril (-13,7%), maio (-11,2%), junho (- 5,2%) e julho (-1,4%).
“O resultado era negativo até agosto, mas é uma perda que vem reduzindo, está diminuindo a ponto de ter uma expectativa de resultado mais animador para o final do ano. Provavelmente não chega à queda de 5% no fechamento de 2020 como havíamos previsto. Mas o crescimento, propriamente dito, vai ocorrer quando tiver geração de emprego, quando voltarem os níveis antes da pandemia. Mas já vemos a retomada de forma animadora”, explica Maurílio Lima, diretor de estudos e pesquisas da Condepe Fidem.
Na base de comparação entre agosto de 2020 com o mesmo mês do ano passado, a indústria apresentou a maior recuperação, com crescimento de 7,6%. A agropecuária também registrou alta, com 2,2%. Em contrapartida, o setor de serviços ainda registrou taxa negativa de 1,5%. “Essa recuperação mostra que é reflexo da volta das atividades, da abertura da economia mesmo com as limitações dos protocolos. A indústria de transformação teve importância e teve a retomada do setor automotivo e em Pernambuco tem contribuição positiva. A agropecuária não foi tão afetada pela pandemia. Já no setor de serviços a queda diminuiu, mas foi um segmento bastante afetado pela pandemia e tem maior peso na economia estadual”, acrescenta o diretor.
Do Diario de PE