A pandemia da Covid-19 gerou forte impacto na contratação de temporários para o fim do ano no comércio de Pernambuco. O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Bens e Serviços do Recife (Sindilojas) estima que a quantidade caiu pela metade neste ano em relação a 2019. Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) prevê uma queda de 16%.
O presidente do Sindilojas e diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife, Fred Leal, afirma que, com a crise sanitária, o fechamento do comércio e a reabertura das lojas, os estabelecimentos “aprenderam a trabalhar com os custos reduzidos e com menos funcionários”. Por isso, as entidades estimam uma redução de 50% na contratação de temporários para o período. “Até porque ainda é imprevisível o faturamento. As lojas estão se precavendo. O nosso objetivo é fazer promoções para aquecer o comércio. Teremos a Black Friday e, no dia 10, vamos lançar o Natal Premiado, com sorteios de carro e vale-presente”, disse.
O dirigente enfatizou a abertura do comércio do Recife aos domingos e feriados como forma de melhorar os números do setor. “A nossa expectativa é de vender igual ao ano passado em números absolutos. No entanto, teremos uma movimentação menor de shows, eventos e confraternizações. Tudo isso deixa o lojista apreensivo, mas estamos esperançosos”, pontuou.
As áreas que mais fazem contratações temporárias no estado são as de vestuário e calçados, com 30% das vagas; artigos pessoais e domésticos, com 13%; hiper e supermercados, 13%, e móveis e eletrodomésticos, com 6,2%. Segundo o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, o pico de contratações provisórias acontece em novembro, com 50% das vagas. Em dezembro, acontecem 30%. “A expectativa para este ano é de uma pequena de queda, em torno de 16%, em relação ao mesmo período de 2019”.
Do Diario de PE (Foto: Gabriel Melo/Esp.DP)