As vendas do varejo em Pernambuco tiveram queda de 3,6% entre agosto e setembro deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado interrompe uma trajetória de quatro meses seguidos de alta nos índices e está na contramão dos números nacionais, que registraram um aumento discreto, de 0,6%, no período. Este é quinto pior resultado para o mês entre todos os estados brasileiros, deixando Pernambuco atrás apenas do Maranhão (queda de 5,9%), Amapá (menos 5,5%), Ceará (menos 4,4%) e Acre (menos 3,9%).Foto: Agência Brasil/Arquivo
No entanto, quando se compara o volume de vendas do comércio varejista no período entre agosto de 2020 e agosto de 2019, todas as unidades da federação têm desempenho positivo. Contudo, Pernambuco, com variação de 6,8%, apresentou números abaixo da média nacional (7,3%). Na variação acumulada do ano, enquanto o Brasil alcançou a estabilidade, o estado registrou queda de -2%. Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, o país teve índice positivo de 0,9%. Em Pernambuco, ao contrário, o resultado foi negativo: menos 1%.
Quando se consideram os dados do comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas teve queda menor, de -1%, entre agosto e setembro. No Brasil, contudo, houve avanço de 1,2%. Também houve um aumento de 10,7% na comparação entre agosto/2020 e agosto do ano passado. No entanto, os outros indicadores foram negativos: o acumulado em 2020 foi de -4,1% e o acumulado nos últimos 12 meses foi de -2,1%.
Destaques
Das 13 atividades pesquisadas pelo IBGE, a que teve maior alta foi a venda de materiais de construção, cujo crescimento foi de 32,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O mesmo segmento conseguiu se recuperar tanto no acumulado do ano, com aumento de 1,7%, quando no acumulado dos últimos 12 meses, com avanço de 1,9%.
Em seguida, estão os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (19,2%) e Veículos, motos, partes e peças (15,6%). Embora os eletrodomésticos tenham apresentado uma alta menos expressiva em setembro, de 8,6%, são eles os responsáveis pela maior variação de vendas tanto no acumulado do ano (40,8%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (33,7%).
Duas atividades apresentaram queda em setembro de 2020 frente ao mesmo mês de 2019: o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de -50,8% e tecidos, vestuário e calçados, com -0,5%. Esses também são os dois segmentos que ostentam a maior variação negativa nos demais índices, tanto no acumulado no ano quanto na variação acumulada dos últimos 12 meses.
Crescimento
Em setembro, na série com ajuste sazonal, houve resultados positivos em 13 das 27 unidades da federação, com destaque para Piauí (5,7%), São Paulo (2,1%) e Espírito Santo (1,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 14 das 27.
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre agosto e setembro foi de 1,2%, com predomínio de resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Roraima (3,7%), Bahia (3,2%) e Espírito Santo (3,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (-3,9), Ceará (-3,7) e Paraíba (-3,3%).
Na série sem ajuste sazonal, frente a setembro de 2019, houve resultados resultados positivos em todas das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (23,9%), Maranhão (21,6%) e Acre (19,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, os destaques foram: São Paulo (5,8%), Minas Gerais (12,6%) e Santa Catarina (5,7%).
Considerando o comércio varejista, o varejo ampliado, no confronto com setembro de 2019, teve resultados positivos todas as 27 Unidades da Federação, com destaque para: Acre (24,5%), Maranhão (23,4%) e Amapá (22,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (3,9%), Minas Gerais (11,3%) e Santa Catarina (11,5%).
Do Diario de PE