sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Indústria têxtil prevê crescimento de 8,3% na produção em 2021

A indústria têxtil brasileira deve crescer 8,3% em volume em 2021, atingindo 2,03 milhões de toneladas. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Devido à pandemia da Covid-19, o setor projeta fechar este ano com queda de 8,8%, com produção de 1,87 milhão de toneladas, frente a 2,05 milhões de toneladas em 2019. Os dados foram apresentados pela Abit nesta quinta-feira (17), em coletiva de imprensa transmitida virtualmente.


Atualmente, Pernambuco ocupa a nona posição no país em faturamento da cadeia têxtil e de confecções e representou, em 2019, 4,1% da receita do setor. No estado, o setor é liderado pelas cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, que formam o triângulo têxtil pernambucano. São Paulo ocupa a primeira posição nacional e corresponde a 26,8% da indústria. Em seguida, aparecem os estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul.


Até outubro deste ano, a produção têxtil brasileira acumulava queda de 11,4%, em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, a retração é de 9%. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, afirmou que o setor teve pico de desemprego no mês de abril e que a recuperação da indústria começou em julho.


Ao apresentar o balanço de 2020 e expectativas para 2021 sobre o setor têxtil e de confecções, Pimentel ressaltou que o Brasil é um dos poucos países do mundo com produção em todos os elos da cadeia. "Fecharemos 2020 no vermelho, as exportações caíram bastante, mas já houve uma retomada no segundo semestre. Estamos recontratando, mas vamos terminar o ano com retração. Para 2021, esperamos retomar o que tínhamos em 2019", disse.


Na pandemia, algumas empresas conseguiram manter o faturamento devido ao crescimento da demanda por artigos de cama, mesa e banho, uma vez que os consumidores ficaram mais tempo em casa. A produção de máscaras também contou como ponto favorável para o setor. "Saímos de 6,5 milhões de máscaras cirúrgicas para mais de 100 milhões em quatro meses. Tivemos 140 empresas convertidas para a produção de equipamentos de proteção", pontuou o presidente da Abit.


Do Diario de PE / (Foto: Rhuda Jardim/Divulgação )