Segundo a pesquisa mencionada, os consumidores desejam ver no varejo nos próximos anos as seguintes características: intensificação de interação nas lojas digitais; interação digital nos restaurantes; lojas inteligentes; serviços de customização; conhecimentos específicos e treinamento; experiência de smart shop; experiência em loja; live commerce; economia compartilhada e entrega via drone.
Gerente da Unidade de Soluções e Inovação do Sebrae Alagoas, Liza Bádue, destaca que para se adequar, o empreendedor precisa deixar claro para o cliente qual o propósito da sua empresa, já que ele passará a defender a marca que tiver mais próxima de suas crenças e valores.
“Esse cliente também precisa saber como a empresa se relaciona com seus empregados, e como ela trata questões ambientais e sociais. Quanto mais claro a empresa demonstrar o seu propósito mais veloz se tornará esse relacionamento. Clientes reflexivos são clientes que curtem participar da criação do seu produto, dão opinião e avaliam o tempo todo”, afirma Liza.
Ela ainda reforça que é preciso prestar atenção ao que o cliente fornece de forma espontânea. “Uma super dica é: o empreendedor precisa utilizar essas informações que esse cliente traz espontaneamente, colaborando para que sua marca se posicione para o que ele deseja. Essa relação é a retroalimentação que o empresário precisa para estar atento em tempo integral”, pontua.
Com esse cenário, o cliente está cada vez mais conectado. Mas é preciso que o empreendedor perceba esse cliente no mundo online e offline e crie estratégias de forma híbrida, seja no mundo físico ou digital, o chamado Figital. Oferecer experiências ao cliente também é crucial.
“Com isso tudo, o consumidor também está amedrontado. Ele não deve querer fazer grandes aquisições a longo prazo. Ou seja, o empresário precisa entender o que o consumidor quer agora, hoje. Ele deseja consumir algo que lhe traga uma boa experiência, principalmente nesse momento pandêmico. Então, pense num produto/serviço que o seu consumidor necessita agora e garanta a melhor experiência para ele, sempre focado nos nichos”, lembra Liza Bádue.
Ainda de acordo com Liza, o empreendedor que conseguir utilizar da tecnologia para otimizar o tempo do cliente, garantindo uma boa experiência do seu produto/serviço certamente atrairá o público desejado.
“Não precisa ser algo da alta tecnologia. O empresário deve utilizar de recursos tecnológicos disponíveis no mercado, até de forma gratuita, como as redes sociais e iniciar sua transformação digital de forma gradativa. Uma coisa é importante: o empreendedor precisa estar na palma da mão do cliente, seja com sua loja virtual ou nas redes. Ele tem que utilizar essas ferramentas para acelerar esse encontro e garantir a qualidade do seu produto/serviço”, conclui.
Do Sebrae / Foto: Hermione Granger / Getty Images)