“A grande preocupação nossa não é apenas sobre esses 2.270 estabelecimentos fechados, é a quantidade de empresas que estão na pré-falência, empresas que não vão ter condições de se manter depois. Muitas estão tentando, dando um último suspiro, e com esse fechamento aos sábados e domingos, vai piorar ainda mais”, explica o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto.
Em Pernambuco, os segmentos mais afetados foram de vestuário, papelaria e livraria. “O vestuário foi afetado duramente porque acabaram os eventos, então não tem aquela animação do povo de comprar roupa, se vestir melhor para sair, e evento é um movimento muito grande, é bilionário. Os eventos foram mais afetados desde o início da pandemia, e até hoje não recomeçou e a vai ser o último segmento a voltar”, destaca o presidente.
O presidente Bernardo Peixoto afirma ainda que existem três pontos essenciais para uma expectativa melhor do comércio varejista em 2021, são eles: a vacinação em massa, para que o comércio tenha uma reação e que as pessoas voltem a ter confiança em realizar as suas compras, mesmo que de forma lenta; a reforma administrativa; e a reforma tributária, para simplificar a tributação e as empresas começarem a economizar e, consequentemente, terem uma melhor rentabilidade.
Para que o comércio consiga ter uma recuperação futura, é necessário que a população continue seguindo os protocolos de higiene devido à pandemia e evitem sair de casa. “A dica que eu dou para a população é que usem máscara, se contenham, fiquem mais em casa, se protejam, porque isso vai afetar a todos, se não houver uma compreensão da população em geral, a situação vai piorar mais ainda e a tendência é que o governo aperte mais ainda e isso prejudica todo mundo, é mais desemprego e a situação fica mais difícil”, alerta Bernardo Peixoto.
Da Folha de PE / Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco