Em relação ao faturamento, é possível verificar uma mudança completa no perfil desses estabelecimentos. Se em janeiro de 2020, 41,3% dos bares e restaurantes tinham um faturamento acima de R$ 140 mil por mês, agora há uma participação mais representativa daqueles que faturam abaixo de R$ 35 mil mensais: 24,5%. Outros 20,8% têm uma receita entre R$ 35 mil e R$ 70 mil.
Em Pernambuco, a seção estadual da Abrasel também levantou alguns dados negativos. Comparando um intervalo de 30 dias entre dezembro e janeiro últimos, os bares e restaurantes apresentaram uma queda no faturamento de 39%, na comparação com o mesmo período entre 2019 e 2020. E este chegou a ser o melhor resultado desde o início da pandemia, uma vez que o setor registrou uma queda de 73% no auge das medidas restritivas do ano passado.
Além disso, a pandemia gerou a demissão de 32,5% do quadro de trabalhadores que atuavam nos bares e restaurantes pernambucanos. Foram um total de 26,5 mil demissões no Estado, de acordo com os dados da CAGED. Esse número poderá aumentar nos próximos dias, segundo a Abrasel, uma vez que 56% dos profissionais trabalham no turno da noite.
No âmbito nacional, o nível de endividamento aumentou significativamente nos últimos 12 meses. Do total de pesquisados, 64% deles informaram que recorreram a empréstimos durante a crise e uma, em cada quatro empresas endividadas, já têm parcelas em atraso. Outro ponto de destaque é que 65% dos bares e restaurantes enquadrados no Simples nacional já estão sob o risco de perder os benefícios da tributação especial.
Da Folha de PE / Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil