Com base nos dados levantados pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o economista Cézar Andrade explica que o resultado final foi influenciado pelo comportamento do índice de condições atuais, que avalia as percepções em relação às condições correntes. “Embora tenha apresentado leve melhora, com elevação de 0,7 ponto, o indicador final ainda está negativo, com 46,2 pontos (abaixo dos 50 pontos), e foi o responsável por segurar o resultado final na média, já que os industriais ainda sofrem com os efeitos da pandemia”, explicou Andrade.
Por outro lado, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o quadro está melhor, pois o índice registrou 10,4 pontos a mais. Pode-se dizer que a conjuntura daquela época foi uma das mais complicadas já registradas pela pesquisa desde o início da série histórica. O mesmo raciocínio vale para o ICEI de abril de 2020, que, naquele período, chegou a marcar 36,7 pontos – o quarto mês mais baixo desde que começou a ser calculado.
Além das condições atuais, a FIEPE, para montar o resultado final do ICEI, considera também o índice de expectativas com relação aos próximos meses. Neste indicador, observa-se que empresários estão mais otimistas e esperam que medidas mais enérgicas para conter o avanço da doença, como a vacinação em massa, sejam decisivas para mudar a realidade atual.
Metodologia
O ICEI é elaborado mensalmente pela FIEPE por meio do Núcleo de Economia, utilizando os resultados da Sondagem Industrial da CNI, que é aplicada junto a 26 estados da federação e o Distrito Federal. O indicador é obtido a partir da ponderação entre os resultados das Condições Atuais e das Expectativas dos empresários em relação à economia brasileira, à empresa e ao Estado.
DA ASCOM