segunda-feira, 26 de abril de 2021

Rotina na pandemia e queda de renda aquecem renegociações de dívidas

A gerente de vendas Larissa Silva, 29, comemora: em meio às dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, ela e o marido, o publicitário Dagmar Nesi, 35, conseguiram um desconto de 25% na escola de Noah, de 2 anos.


"Meu marido trocou de emprego durante a pandemia, passou a ter um salário mensal menor, mas um bônus maior duas vezes por ano. A gente propôs mudar a forma de pagamento e conseguimos o desconto", conta.


O casal também conseguiu rever as condições de financiamento da casa e os juros ficaram mais baixos.


"É sempre importante tomar coragem e tentar negociar, explicando a situação atípica imposta pela pandemia", avalia Larissa, que diz ter sentido que a escola estava aberta para a negociação.


As novas rotinas impostas pelo distanciamento e uma redução na renda sofrida por boa parte das famílias brasileiras têm impulsionado as negociações de despesas mensais.


No caso das escolas, especialistas recomendam que os pais ou responsáveis conversem individualmente com a instituição para pedir que os serviços que não estão sendo oferecidos durante a pandemia –como o uso de quadras, piscinas ou refeitórios– sejam abatidos da mensalidade.


"A lei prevê que as escolas disponibilizem uma planilha de custos", explica o advogado Igor Marchetti, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Algumas têm feito esforços para achar um meio-termo e a orientação é sempre negociar, mas o consumidor ainda é a parte mais vulnerável da relação", diz.


Pesquisa feita pela plataforma Melhor Escola aponta que o momento tem sido favorável ao consumidor. Por conta da pandemia, 76% das escolas estavam dispostas a renegociar a mensalidade e nove em cada dez pais tentaram fazer isso no ano passado. Este ano, 56,6% das escolas não reajustaram as mensalidades. Para continuar lendo, clique no link: AQUI! (Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco)