No sábado, Queiroga visitou hospitais de Gravatá e Bezerros e se reuniu com o secretário de estado de Saúde de Pernambuco, André Longo. Na manhã de ontem, o ministro esteve em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Questionado sobre um possível colapso no fornecimento de oxigênio, a exemplo do ocorrido em janeiro em Manaus (AM), Marcelo Queiroga afirmou que o governo está trabalhando para evitar o problema. “Estamos visitando a região, pois sabemos que há ameaça de colapso no sistema de saúde, sobretudo em função do insumo oxigênio. O ministério já providenciou para essas regiões 5.100 concentradores de oxigênio. Para Pernambuco, serão 148 concentradores”, explicou.
O ministro enfatizou que, mesmo com os esforços e uma ação preventiva para evitar a falta de concentradores na região, "lidamos com a imprevisibilidade biológica, porque esse vírus sofre mutação e pode ter variantes que podem ter comportamento biológico diferente, o que leva pressão maior para o sistema de saúde", esclareceu Marcelo Queiroga, que destacou a complexidade logística para a distribuição do insumo.
Durante a visita aos municípios do agreste pernambucano, Marcelo Queiroga foi questionado sobre o envio de mais vacinas para a região. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB-PE), solicitou o reforço nas doses destinadas à região. De acordo com relatório de vacinação do município, até o dia 29, 92.050 doses do imunizante já foram aplicadas. Caruaru é a maior cidade do interior do estado e possui mais de 365 mil habitantes.
O ministro justificou a demora no envio dos imunizantes em virtude da grande disputa internacional pelas vacinas. No final do mês de abril, Caruaru teve que adiar a aplicação da segunda dose da Coronavac, por falta de imunizantes. Segundo Queiroga, o governo federal pretende atingir a marca de 100 milhões de vacinas disponibilizadas até o final de junho. Para isso, afirmou que já estão assegurados 40 milhões de doses, a serem entregues em remessas semanais nos próximos 30 dias.
“Só com a Pfizer, temos um contrato de 200 milhões de doses de vacinas. Agora, em 1º junho, assinaremos acordo de transferência de tecnologia entre a indústria Astrazeneca e a Fiocruz, colocando o Brasil na vanguarda de países que têm capacidade com autonomia de produzir vacinas. Há também, negociações com outras farmacêuticas para buscarmos antecipar doses. Agora, é um contexto que não é simples, porque é uma emergência em saúde pública internacional”, completou.
Por: Correio Braziliense / Foto: ASCOM Marcelo Queiroga