Os dados são de levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), entidade que representa empresas ligadas ao setor, e foram divulgados nesta semana.
De acordo com a ABEVD, os números reforçam a ideia do aumento na procura por oportunidades no segmento porta a porta para complementar renda ou empreender no atual cenário de desemprego e pandemia.
Com investimentos voltados na digitalização, como uma forma de contornar os desafios sanitários impostos pelo coronavírus, o segmento passou a inserir na rotina práticas como divulgação, escolha e compra do produto online em redes sociais, além da tradicional forma presencial.
“A venda direta se tornou social selling, compra por indicação e relacionamento, sendo uma ótima oportunidade para empreender ou complementar renda, especialmente nesse período financeiro complicado. E a possibilidade de contato com os clientes e o relacionamento e atendimento personalizado pode continuar a ser feito pela internet ou redes sociais”, declarou a presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Venda Diretas (ABEVD), Adriana Colloca.
"A digitalização foi um dos grandes focos de investimento do setor durante a pandemia e tornou-se uma grande ferramenta para que os empreendedores possam continuar vendendo e gerando renda mesmo durante o isolamento", completou a representante.
Na mais recente pesquisa realizada pela ABEVD sobre o perfil dos empreendedores independentes da venda direta, em março de 2020, constatou-se que 52% dos empreendedores revendem produtos do mercado de cosméticos e cuidados pessoais e 22% do mercado de roupas e acessórios.
O levantamento também mostrou que 58% dos empreendedores se identificam como do sexo feminino e 42% do sexo masculino, e cerca de 51% da força de vendas tem renda familiar de até R$ 3.135,00. A renda proveniente da venda direta é, em média, 31,3% do orçamento familiar.
A atividade oferece oportunidades para todos, desde aqueles com nível universitário até quem tem menos estudo.
Atualmente, 31,5% dos empreendedores já completaram o Ensino Superior e alguns são pós-graduados. Esse modelo de negócio também oferece oportunidades de empreendedorismo para todas as faixas etárias acima de 18 anos: hoje, a média de idade do empreendedor independente é de 31,9 anos.
Vendas diretas
A venda direta é um modelo de negócios utilizado tanto pelas grandes marcas como por pequenas empresas para vender seus produtos e serviços diretamente aos consumidores finais, sem a necessidade de um estabelecimento comercial fixo e eliminando, assim, uma cadeia de intermediários e de custos.
O contato com os potenciais clientes é feito de forma pessoal ou digital, por meio de empreendedores independentes, que são chamados de revendedores, consultores, distribuidores, agentes, entre outros.
Da Folha de PE / Setor marca presença no digital - Foto: Divulgação