Os dados são parte de estudo elaborado pelo economista Nelson Marconi, professor da Escola de Administração de Empresas da FGV (Fundação Getulio Vargas).
A classificação dos setores por nível de conteúdo tecnológico segue metodologia da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que considera a relação entre investimentos em P&D (pesquisa & desenvolvimento) e valor adicionado ao PIB (Produto Interno Bruto).
Os números de empregados em cada setor e os valores dos salários são das Contas Nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) para os anos 2010 a 2017.
Nesse período, os dados não tiveram variação relevante, o que mostra que a situação mudou pouco ao longo da década passada.
Entre os setores com baixo conteúdo tecnológico estão agricultura, construção, transportes, alojamento, alimentação e serviços domésticos, pela classificação da OCDE. Eles representam 68% das ocupações.
Outros 10% estão em setores de média-baixa intensidade em pesquisa e desenvolvimento, com salário médio que já supera em 12% a média nacional, que era de R$ 28.740 por ano em 2017. Destacam-se nesse grupo telecomunicações e as indústrias extrativa, de bebidas e têxtil.
Os setores classificados como de média e média-alta intensidade representam, cada um, 2,5% das ocupações.
No primeiro caso, estão siderurgia, produtos de borracha, material plástico e minerais não metálicos, com salários 24% acima da média.
No segundo, com ganhos 166% acima da média, destacam-se fabricação de químicos, máquinas e equipamentos, veículos, além de desenvolvimento de sistemas e serviços de informação.
As ocupações de alta intensidade representam 0,2% do total, com salário médio que é mais que o triplo da média. Estão nesse grupo, por exemplo, fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, aeronaves e de equipamentos de informática e eletrônicos. Para continuar lendo, clique AQUI! Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil