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domingo, 30 de maio de 2021

Surubim enfrenta pior momento da pandemia; semana teve aumento rápido de casos e óbitos

A pandemia de Covid-19 deixou esta semana em Surubim um rastro de dor e apreensão nas pessoas que tem consciência da gravidade do momento que estamos vivendo. Não seria exagero dizer que este foi o pior período desde o início das infecções pelo novo coronavírus no município. O número de pessoas doentes, segundo o boletim divulgado pela Prefeitura neste sábado (29), chegou a 200, o mais alto já registrado. Até então, a maior quantidade diária de pessoas em tratamento tinha sido anotada em 11 de julho de 2020 (145), quando a cidade enfrentava a primeira onda da doença. Ainda assim, naquela época, não se viu o que está acontecendo agora, os hospitais lotados e a ameaça de faltar oxigênio. Apenas no fim de semana anterior a este, foram consumidos 50 cilindros, no Hospital de Retaguarda Estefânia Farias, na UPA do Coqueiro e no Hospital São Luiz.


Além do crescimento rápido de casos, houve uma escalada de óbitos. Em pouco mais de 48 horas, a nossa redação tomou conhecimento de pelo menos 10 pessoas que faleceram com sintomas da doença, parte delas já estava hospitalizada com teste positivo. A maioria dessas mortes ainda não foram contabilizadas pelos boletins divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde e devem ser incluídas nas estatísticas nos próximos dias, conforme vão sendo confirmados os resultados de Covid-19 como causa mortis.


Dois desses óbitos foram em uma mesma família. A professora Ana Cabral de Sena, de 54 anos, morreu na noite da segunda-feira (24) e o pai dela, Eugênio Cabral, de 83 anos, foi encontrado morto na manhã da terça-feira (25). O idoso foi dormir e não acordou. Faleceu sem saber da morte da filha, informaram familiares. Eles foram sepultados no mesmo horário no Cemitério São José. A mãe da educadora, um irmão e uma irmã, foram internados no começo da semana com a doença. A família Cabral de Sena não é a primeira em Surubim a perder membros para a Covid-19. Entre setembro e dezembro do ano passado, três irmãos da família Oliveira morreram infectados pelo novo coronavírus.


Ações de enfrentamento


Para tentar reduzir a pressão sobre o sistema de saúde municipal, a Prefeitura instalou 15 novos leitos, sendo cinco no Estefânia Farias (que agora passa a contar com 28) e 10 na UPA.  Outro reforço, foi o envio pelo governo do Estado de nove concentradores de oxigênio. Dois foram doados para o Hospital São Luiz, quatro seguiram para o Estefânia Farias e três para a UPA. A gestão do município também adquiriu mais um ventilador pulmonar para o Estefânia Farias, que agora conta com seis equipamentos do tipo.


Se há esforço do poder público para combater o vírus de um lado, do outro, o da população, é comum ver cenas de descaso com a doença. Facilmente encontra-se nas ruas, em estabelecimentos comerciais, nos transportes alternativos, a exemplo de Toyotas, pessoas sem máscara e em aglomerações, apesar da quarentena mais rígida decretada pelo governo estadual que está em vigor na região até o dia 6 de junho.


A Prefeitura, que coordena a fiscalização e conta com  a parceira do Procon, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Ministério Público de Pernambuco, orienta que ao tomar conhecimento de descumprimento de medidas sanitárias, o cidadão acione o 22.º Batalhão da PM pelo telefone 3624-1940 ou WhatsApp 9-9761-7350.

Do Correio do Agreste

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