De acordo com a Fecomércio-PE, o resultado de julho foi influenciado pelos subíndices que medem a perspectiva das famílias quanto ao emprego e às condições de consumo nos próximos meses. Entre junho e julho houve queda de 5,1% no subíndice que mede a expectativa das famílias quanto à melhoria da condição profissional dos responsáveis pelo domicílio nos próximos meses. Para 48,9% das famílias, não haverá melhora profissional. Enquanto outros 34,9% afirmaram não conseguir definir sua expectativa para o mercado de trabalho no segundo semestre. Apenas 16,2% disseram estar otimistas.
No que diz respeito à perspectiva de consumo, o recuo foi de 4,7% no comparativo mensal e de 7,6% no comparativo anual. Esse é o quarto mês consecutivo que a perspectiva de consumo das famílias para o curto prazo está em queda. O resultado reflete o elevado percentual de famílias que esperam consumir menos no segundo semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado: em março, esse percentual era de 50,2% e subiu para 61,6% em julho.
A percepção sobre a renda atual também registrou queda em relação ao mês de junho, saindo de 80,2 pontos para 78,6. Em julho, 33,2% das famílias avaliaram que a renda familiar está pior do que no mesmo período do ano passado, enquanto outros 55,0% afirmaram estar na mesma condição financeira e apenas 11,8% observam que a situação da renda familiar é melhor que em julho de 2020.
Para a Fecomércio-PE, “os resultados apontam que, apesar da retomada de diversas atividades, as famílias pernambucanas ainda aguardam com cautela o desempenho do mercado de trabalho no segundo semestre para tomar novas decisões de consumo. Além desse fator de incerteza, as famílias também estão mais cautelosas devido à possibilidade de novos aumentos em preços que pesam sobre o orçamento doméstico, como a energia elétrica, o gás de cozinha e itens básicos da alimentação”.
Do Diario de PE / (Reprodução/Pixabay)