“Essa ação faz parte de um projeto maior em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, para desenvolver ações que contribuam efetivamente para o acesso e a melhoria das condições de produção e comercialização da banana e derivados na região do Vale do Siriji. São três municípios envolvidos diretamente, são eles: Machados, Macaparana e São Vicente Férrer que, historicamente, tem uma grande produção de banana e é a segunda maior área de produção em Pernambuco. Vimos essa necessidade de se fazer um trabalho para que os produtores tenham mais opções para vender a banana e com um valor agregado mais importante”, pontua o gerente da Unidade Zona da Mata do Sebrae-PE, Alexandre Alves.
De acordo com o secretário do trabalho, emprego e qualificação, Alberes Lopes, a iniciativa visa gerar renda e empregos para a população. “Hoje na Mata Norte, a banana é pouco aproveitada, então nós queremos que os produtores possam fazer banana chips, farinha de banana, geleia de banana, licor, ovos de páscoa, doces, não só comercializar a banana in natura e isso gere renda e empregos para os moradores dessa região tão importante para o nosso estado. A iniciativa é pioneira e vai colocar a região e Pernambuco na discussão nacional sobre o assunto, principalmente as cidades de Machados, Vicência, São Vicente Férrer e Macaparana, que têm um grande potencial. O desenvolvimento não ocorre só atraindo investimentos de fora, mas potencializando e investindo o que nós temos nas nossas cidades e regiões”, explica o secretário.
Segundo dados da pesquisa de Produção Agrícola – Lavoura Permanente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, em Pernambuco, foram produzidos 491.911 cachos de banana no estado, ocupando um total de 44.777 hectares. Ainda de acordo com a pesquisa, os municípios que mais produzem banana em Pernambuco são: Vicência, com 90.000 toneladas; Santa Maria da Boa Vista, com 66.600 toneladas e São Vicente Férrer, com um total de 48.000 toneladas. O Nordeste é o maior produtor de bananas do País (34,2%), acima do Sudeste (34,1%).
Aumentar os canais de vendas da banana é um dos principais objetivos do programa. “Queremos propiciar que eles se organizem como produtores e se capacitem e tenham acesso a novos canais de comercialização do produto. A maioria desse produto hoje é vendido in natura e com um canal de vendas mais tradicional enquanto existem outros canais de venda. Durante a capacitação, serão realizadas rodadas de negócio onde a gente vai conseguir juntar o produtor com os compradores, fazendo com que a venda seja realizada numa condição melhor e com diversidade nos canais de comercialização”, reforça Alexandre Alves.
A qualificação dos produtores de banana vai ajudar a evitar, por exemplo, perdas do produto, em decorrência do Mal da Sigatoka, que atinge a fruta e pode botar a perder toda uma plantação. “Diante do cenário apresentado, este projeto estrutura, em suas ações, medidas que auxiliem no processo de produção e comercialização da bananicultura, visando apoiar os micro e pequenos produtores da região. Esperamos que nossa posição no ranking nacional melhore ainda mais”, destaca Alberes Lopes.
Da Folha de PE / Foto: Pixabay