O número superou as expectativas do mercado. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 0,4%.
O resultado positivo veio após queda de 0,55% em maio. Os dados podem ser diferentes dos informados anteriormente porque a série passa por revisões frequentes.
No acumulado dos 12 meses até junho, o setor produtivo avançou 2,33%.
Em março deste ano, mês marcado por novas rodadas de lockdowns em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, a economia encolheu 1,98%, segundo o indicador, mas voltou a crescer em abril, com 0,90%.
O número é calculado com ajuste sazonal, que remove especificidades de um mês, como número de dias úteis, para facilitar a comparação com outros períodos.
Após o início da pandemia, o fechamento dos comércios e o distanciamento social afetaram a economia. Com a reabertura e flexibilização das medidas restritivas, a atividade entrou em ritmo de recuperação, que foi novamente impactado com os novos lockdowns.
Em março do ano passado, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do distanciamento social. Após a última revisão, a variação foi para queda de 4,84%.
O pior resultado foi registrado em abril de 2020, quando a economia caiu 9,73% (9,50% com revisão), nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.
O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.
O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.
Por Larissa Garcia/Folhapress / Foto: Felipe Ribeiro/Arquivo Folha